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Com reforma, Jaques Wagner pode substituir Aloizio Mercadante

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Com reforma, Jaques Wagner pode substituir Aloizio Mercadante

Por: Pesquisa Web

O nome do ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT), voltou a circular pelos corredores do Palácio do Planalto e entre os caciques petistas, que enxergam no ex-governador da Bahia o nome certo para assumir a articulação política do governo.

Se a reforma administrativa anunciada pela presidente Dilma Rousseff (PT) sair do papel, com corte previsto de dez dos 39 ministérios, Wagner poderá deixar a Defesa e ir para a Casa Civil, no lugar de Aloizio Mercadante.

A ideia já tinha sido defendida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em reuniões com a mandatária brasileira. Lula sempre argumentou que Mercadante não tem habilidade política, inclusive coleciona desafetos no Congresso.

O nome do petista baiano ganhou força após vazar que a Secretaria de Relações Institucionais, hoje responsável pelo chamado “varejo” da política, poderá ser extinta e abrigada na Casa Civil. Wagner foi titular da Secretaria de Relações Institucionais no primeiro mandato de Lula e, com a reforma, a Casa Civil ganharia poderes de Relações Institucionais.

No último evento do PT que participou em Salvador, no início do mês, Wagner defendeu que a nomeação para a Casa Civil era exclusiva da presidente da República e que ele não estava disputando o cargo. “Não tem ninguém que tenha uma varinha de condão que vai sentar na cadeira e dizer: ‘chegou o porreta e vai resolver tudo’”, disse na época, ao defender que Mercadante é um “cara leal, direito e trabalhador” e que entendia as críticas feitas ao correligionário, tido como a “parede” de um governo que enfrenta uma crise. “As críticas podem ter características dele, mas é evidente que se você está à frente da coisa, tudo que alguém queria reclamar do governo reclama de quem?”, opinou.

À Tribuna, o vice-líder do PT na Câmara Federal e coordenador da bancada baiana do partido na Casa, deputado Afonso Florence, afirmou que não há nenhuma articulação interna no partido para trocar Mercadante por Wagner. “Wagner é um estadista. Poucos são os ministros com tamanho de ser presidente, mas o tema não é corrente. Ninguém está trabalhando para tirar ele [Mercadante] de lá.”, disse o petista, ao sugerir que a presidente Dilma “tem a posição dela”. “Com ou sem o convite, certamente ela terá o melhor”, opinou.

Entretanto, fontes palacianas garantem que desde que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) decidiu deixar a interlocução com o Congresso Nacional, com queixas de uma possível “articulação paralela” feita pelo próprio Aloizio Mercadante, além de embates com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, os problemas na articulação política do governo petista ganharam os holofotes. O titular da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), passou a ter dupla função. Além de atuar com a Aviação Civil, o ministro despacha também no gabinete da Secretaria de Relações Institucionais, vinculada à Vice-Presidência.

Outro nome que surgiu para o posto foi o do assessor especial da Presidência, Giles Azevedo. Azevedo é homem de confiança da presidente Dilma e tem conversado com senadores e deputados da base aliada para orientar na estratégia para blindar o governo na CPI que vai investigar denúncias de irregularidades no BNDES. Entretanto, petistas defendem que o Giles Azevedo não tem perfil para ser articulador do Palácio do Planalto.

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