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Política
Por: G1
A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quarta-feira (7), em entrevista a rádios da Bahia, a manutenção dos vetos presidenciais a itens da chamada "pauta-bomba", que devem ser apreciados nesta manhã pelo Congresso Nacional. A chefe do Executivo disse que é "muito importante" que as pessoas coloquem o interesse do Brasil acima dos interesses pessoais e partidários. Segundo ela, é "impossível que um país com as dificuldades financeiras que o Brasil está enfrentando "aumente suas despesas".
A partir das 11h30, deputados e senadores realizam uma reunião conjunta para analisar vetos da Dilma. A sessão deveria ter ocorrido nesta terça (6), mas devido à falta de quórum foi adiada para esta quarta.
Entre os vetos que elevam os gastos do governo, estava na pauta o que barra o reajuste de até 78% os salários dos servidores do Judiciário. De acordo com o Ministério do Planejamento, essa proposta pode gerar uma despesa de R$ 5,3 bilhões no ano que vem. Em quatro anos, até 2019, o custo total será de R$ 36,2 bilhões.
"Tenho certeza que o Congresso vai mostrar seu compromisso com o Brasil. É muito importante que as pessoas coloquem o interesse do Brasil acima dos interesses pessoais e partidário e acima dos interesses de situação e oposição. No caso dos vetos, é impossível que um país com dificuldades aumente suas despesas", disse Dilma às rádios baianas Metrópole e Barreiras.
Em meio à entrevista, referindo-se à situação política do país, a presidente da República disse que vê "luz no fim do túnel" quando analisa a situação da economia. Ela citou o momento difícil, mas ressaltou que as medidas tomadas pelo governo já começam a mostrar resultado. Ela lembrou da tendência de queda da inflação e do superávit da balança comercial em setembro.
"O que eu acho que está dando resultado? Primeiro, é visível que houve um reajuste no câmbio brasileiro. Muitas pessoas vão sentir efeitos, porque produtos externos vão ficar mais caros. Mas em compensação nossos produtos lá fora vão ficar mais competitivos. Isso explica porque em setembro tivemos um superávit na balança comercial de R$ 10 bilhões. Além disso, estamos fazendo imenso esforço para reduzir a inflação. A tendência da inflação é de queda, reconhecida pelo mercado. Eu estou vendo luz no fim do túnel", afirmou a presidente.
Dilma também foi questionada por um dos entrevistadores sobre o momento político do país e as ações que ela enfrenta no Tribunal de Contas da União, sobre supostas irregularidades nas contas do governo, e no Tribunal Superior Eleitoral, sobre suspeitas de irregularidade na campanha.
"Eu acredito que o Brasil tem uma democracia ainda jovem, mas robusta [...] A base dessa democracia é o voto direto nas urnas. É impossível achar que fazemos um serviço à democracia do país tentando métodos para encurtar a chegada ao governo. O único método é o voto", disse Dilma.
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