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Política
Por: Sites da Web
Ex-ministro do Desenvolvimento durante o segundo mandato do ex-presidente Lula, Miguel Jorge diz não ter conhecimento sobre atuação do petista e defesa dos interesses da construtora Odebrecht. Jorge fala nesta tarde na CPI do BNDES.
Ele negou ser amigo pessoal do ex-presidente e afirmou que jamais sofre pressões do Executivo para concessão de empréstimos. Jorge declarou ainda não ter tido qualquer participação na tratativa envolvendo o empréstimo para a construção do porto de Mariel, em Cuba.
“Não conheço, realmente não conheço”, disse Jorge em resposta ao relator da CPI, José Rocha (PR-BA), sobre seu conhecimento a respeito da atuação de Lula como lobista em defesa da construtora.
Em 8 de julho, o Ministério Público Federal do Distrito Federal instaurou Procedimento Investigatório Criminal para apurar se Lula agiu em favor da empreiteira Odebrecht para o fechamento de contratos entre os anos de 2011 e 2014, na República Dominicana e em Cuba.
O ex-presidente teria supostamente agido em contratos para a construção do Porto de Mariel, em Cuba, obra financiada pelo BNDES.
O ex-ministro falou a respeito da atuação de outros chefes de governo que atuaram em favor de empresas locais. Ele citou textualmente o ex-presidente Itamar Franco e o assédio que o então chefe do Executivo nacional sofreu por parte do ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton em defesa de empresas daquele país na concorrência para a escolha da empresa que forneceria equipamentos para o SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia). “O presidente Clinton seria acusado de fazer lobby?”, questionou o ex-ministro.
Ainda no começo de sua fala, Jorge afirmou que não ter sofrido pressões para facilitar a concessão de empréstimos. “O BNDES não se subordina ao ministro de Desenvolvimento, que geralmente é o presidente do Conselho de Administração. O conselho não tem qualquer função operacional na instituição, definindo apenas as diretrizes de sua atuação. É preciso ressaltar ainda que nunca recebi qualquer pressão de qualquer esfera de poder Legislativo, Judiciário, Executivo, para pressionar o BNDES para concessão de empréstimos ou financiamentos. Se essa pressão tivesse ocorrido, seria repelida”.
Cuba
O ex-ministro respondeu aos deputados que não tratou do financiamento do porto de Mariel, em Cuba. Ele afirmou aos deputados que não cabia ao ministro tratar desse assunto.
Jorge foi perguntado também se lembrava da presença do doleiro Alberto Youssef em Cuba na época das tratativas para o financiamento do porto.
“É possível que ele (Youssef) estivesse em Cuba”, resumiu. “Não conseguiria me lembrar de todas as pessoas com quem me encontrei em Cuba”, acrescentou o ex-ministro.
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