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Sobrevivente do incêndio da Pague Menos em Camaçari reivindica assistência da empresa

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Sobrevivente do incêndio da Pague Menos em Camaçari reivindica assistência da empresa

Sobrevivente do incêndio da Pague Menos em Camaçari reivindica assistência da empresa

Por Camaçari Notícias

Lesão pulmonar, mobilidade reduzida do braço esquerdo, marcas de queimaduras pelo corpo e psicológico abalado são algumas das sequelas deixadas no corpo da funcionária da Farmácia Pague Menos, no dia 23 de novembro de 2016, no incêndio da unidade. Cristiane da Silva Matos, 36 anos, era operadora caixa na época que trabalhava na farmácia situada na Avenida Getúlio Vargas, em Camaçari.

“Não foi só queimaduras no braço, eu tive sequelas por todo corpo. Tive queimaduras por todo o meu corpo. A gravidade maior foi no meu braço esquerdo, que vai do braço até a mão. Eu tive que fazer dois enxertos. O primeiro não deu certo e o médico falou que caso não aderisse a segunda enxertia corria o risco de perder até o meu braço. Eu era uma pessoa sadia não tinha problema de saúde e hoje em dia tenho limitações, tem problemas respiratórios por conta da inalação da fumaça e tenho meu pulmão direito operado”, ressalta.

Cristiane relembra em entrevista ao Camaçari Notícias, que no dia do terrível acidente, ela estava em horário de almoço e só ouviu um barulho forte e muita fumaça. “São imagens difíceis de esquecer e relembrar é vivenciar aquele dia novamente. Eu era saudável não tinha problemas de saúde e depois dessa tragédia possuo limitações e traumas psicológicos que ficaram marcados por resto da minha vida”, confessa.

Hoje, afastada do trabalho devido as sequelas, Cristiane reivindica da empresa atenção, respeito e assistência médica vitalícia. “A farmácia trata com descaso. Passou aquele primeiro momento de dois e três anos e depois para eles era como se a gente não tivesse sequelas nenhuma... Zero! É uma empresa que trabalha com “saúde” e mostra na propaganda algo que não é verídico... Eu só queria uma satisfação e eles não dão satisfação alguma. Não há um retorno por e-mail, ligasse para mim ... “, dispara.

A ex-funcionária da loja participará de uma segunda audiência com advogados e representantes da empresa esta semana. "Na primeira audiência que teve eles comentaram que não teria condições de manter um plano vitalício porque quando desfaz o vínculo tem que sair de vez, essa foi a resposta de um dos advogados. Eles disseram que não tem obrigação de manter um plano vitalício. Quando fui admitida eles sabiam que eu não tinha nenhum problema de saúde. Hoje, tenho limitações, problemas de saúde e preciso fazer fisioterapia até o fim da minha vida, senão eu perco os movimentos dos meus braços. Tenho todos os problemas de saúde comprovadas em relatórios, como a lesão pulmonar que adquiri e é irreversível”, conclui.

23 de novembro de 2016

A explosão de gás no interior da unidade da Pague Menos no Centro de Camaçari provocou o incêndio e desabamento do teto que deixou 10 pessoas mortas e outras 14 feridas, entre elas funcionários e clientes. O incêndio atingiu o local por volta das 13h50 do dia 23 de novembro.

Segundo informações de funcionários, a tragédia teria sido anunciada já que no dia da explosão, funcionários da Chianca faziam reformas no telhado da farmácia, enquanto uma equipe da AR Empreendimentos trabalhava na manutenção do sistema de gás e ar-condicionado do estabelecimento, além de várias falhas graves de segurança durante a realização de uma reforma na loja da rede.

O ambiente não contava com sistema de ventilação e era propício para a ocorrência do acidente, com substâncias inflamáveis em forma de gases, vapores, névoas, poeiras ou fibras, além de fontes de energia de ativação, como maçarico, lixadeira e outros equipamentos geradores de fagulha.

A Farmácia Pague Menos foi condenada pela Justiça do Trabalho da Bahia a pagar R$ 2 milhões por submeter seus empregados a um ambiente de trabalho inseguro. A ação foi movida pelo Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA).

Na época, os indiciados foram Josué Ubiranilson Alves, diretor da empresa Pague Menos; Augusto Alves Pereira, gerente regional da Pague Menos; Maria Rita Santos Sampaio, gerente da farmácia incendiada; Erick Bezerra Chianca, sócio da empresa de manutenção Chianca; Rafael Fabrício Nascimento de Almeida, sócio da empresa de manutenção AR Empreendimentos; e Luciano Santos Silva, técnico em refrigeração pela AR Empreendimentos.

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