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Sindicato pressiona BYD e alerta para risco de Camaçari virar apenas um centro de distribuição
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O sindicato reivindica uma reunião urgente com a direção da BYD e autoridades estaduais.
Por Camaçari Notícias
Foto: Reprodução/Facebook
O Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari intensificou os alertas sobre o futuro incerto da fábrica da BYD na cidade. À frente das mobilizações, o presidente Júlio Bonfim tem se posicionado de forma contundente contra o que considera sinais preocupantes de que a montadora chinesa pode reduzir a planta baiana a um simples centro de distribuição de veículos importados.
Desde a confirmação da chegada da BYD para ocupar o antigo complexo da Ford, em 2023, as expectativas em torno da geração de empregos e da retomada industrial em Camaçari foram elevadas. A empresa anunciou investimentos bilionários e uma previsão de produzir 150 mil veículos por ano, com início das operações em 2025. Contudo, a recente ampliação da frota de navios da BYD e o aumento da capacidade produtiva da fábrica em Zhengzhou (China) para 1 milhão de unidades anuais acenderam o alerta vermelho entre os trabalhadores baianos.
Em entrevista e comunicados oficiais, Júlio Bonfim falou que, apesar dos anúncios iniciais, o andamento das obras e a falta de transparência quanto ao cronograma industrial têm gerado insegurança. "Nos preocupa ver a BYD expandindo sua operação na China, ao mesmo tempo em que há lentidão aqui e sinais de priorização da importação. Queremos que Camaçari seja, de fato, um polo de produção, e não apenas mais um depósito logístico", afirmou.
O sindicato solicita uma reunião urgente com a direção da BYD e autoridades estaduais para cobrar garantias formais sobre a instalação da linha de montagem. A pauta também inclui medidas de proteção aos empregos e ao desenvolvimento econômico local.
Em meio às dúvidas, a montadora segue afirmando que mantém os planos originais e que os trabalhos de adaptação do complexo seguem em curso. O impasse ganha contornos ainda mais delicados diante da crise econômica regional e das memórias recentes do fechamento da Ford, que deixou milhares de famílias sem emprego. Para Júlio Bonfim e os trabalhadores, a palavra de ordem é vigilância e luta por garantias reais. "Não aceitaremos retrocessos", reforçou o líder sindical.
Em resposta ao posicionamento do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, a BYD afirmou que mantém seu compromisso com a reindustrialização de Camaçari e o desenvolvimento sustentável da região. Com investimento de R$5,5 bilhões, a fábrica terá capacidade inicial para entregar 150 mil veículos por ano.
A operação terá início com a montagem dos veículos, enquanto a planta avança para a produção completa, com nacionalização progressiva dos modelos mais vendidos no Brasil. A estimativa é que sejam criados 20 mil postos de trabalho diretos e indiretos ao longo do projeto, consolidando a planta baiana como o maior polo industrial da BYD fora da China.
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