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No Dia do Amigo psicóloga fala sobre os efeitos da amizade em nossa saúde mental

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No Dia do Amigo psicóloga fala sobre os efeitos da amizade em nossa saúde mental

Leitores fazem homenagem aos seus amigos, falando de como eles os ajudam a crescer enquanto pessoas.

Por: Camaçari Notícias

 

AMIZADE E SAÚDE MENTAL

Sobre o que representa um amigo na vida de uma pessoa e suas principais contribuições para o seu bem estar mental, a psicóloga que trabalha com atendimento de crianças e adultos, pontuou: “Um amigo é uma pessoa que estabelece conosco uma conexão. É ele quem vai nos auxiliar diante de uma dificuldade, e nos dá um sentimento de aceitação, de que pertencemos a uma sociedade, um grupo”.

APOIO EMOCIONAL NAS RELAÇÕES DE AMIZADES

Viver é desafiador, pois todos os dias somos surpreendidos por dificuldades, que precisamos superar e seguir em frente. No entanto, nesse processo de superação, na maioria das vezes um amigo é sempre bem vindo, sobretudo pelo apoio emocional que transmite nos momentos difíceis. Márcia explicou porque esse apoio é tão importante, dizendo: “Quando estamos diante de uma situação conflituosa, de luto ou de depressão, que não sabemos dizer de onde vem essa inquietação, o amigo é aquela pessoa que traz à luz, questões que estão internas em nós. É aquela pessoa que vai nos esclarecer questões pessoais. Porque a característica do amigo é uma pessoa que nos conhece, conhece nossa alma, nosso ser”.

JOVEM E IDOSO: AMIGOS QUE SE AJUDAM

O verdadeiro sentimento de amizade, quando surge independe da situação, do perfil das pessoas envolvidas, de condições externas, ou mesmo internas. Pessoas idosas podem se tornar amigos inseparáveis das mais jovens, e podem refletir sobre elas muitos efeitos positivos, como explica Márcia: “O jovem e o idoso estão em faixas etárias e fases da vida diferentes. Para o jovem, o idoso representa um direcionamento do que fazer e como fazer dar certo. Para o idoso, é um sinalizador de que ele ainda é útil na vida de alguém, de que ele pode servir como exemplo, para aquela geração que está chegando agora. Então é saudável para as duas fases”.

 

Ainda sobre os idosos, a psicóloga destacou as doenças crônicas e degenerativas que atingem muitas pessoas nesta faixa etária, e a importância das relações de amizade, considerando que ajudam na recuperação, na melhoria desses pacientes, porque trazem à tona memórias, lembranças de tudo que se passou. “E se essa relação de amizade acontece entre um jovem e um idoso, os resultados são muito positivos, pois é como se o jovem fosse referencial do passado, enquanto o outro, um referencial de futuro”, completou.

AS DIFERENÇAS QUE UNEM AS PESSOAS

Todo relacionamento pode ser considerado instável, pois envolve pessoas com diferentes personalidades. Sendo assim, Márcia deu algumas dicas de como superar as diferenças e manter uma amizade saudável e duradoura. “Vale destacar que as pessoas envolvidas em uma relação de amizade são dois seres extremamente subjetivos. Cada um com suas demandas, com suas inquietações, com seus anseios. Mas o que determina uma relação de amizade, aceitação, lealdade e confiança. Sendo aceitação a principal. Quando você conhece o outro e aceita o outro como ele é, você aproveita o que é positivo, no processo dialético de desenvolvimento, e o que você entende que não é positivo, você respeita. Então essa questão da aceitação, do respeito e da lealdade, é o que determina se essa relação vai ser duradoura ou não”.

AFINIDADES, EMPATIA E SIMPATIA

Se as diferenças podem ser um fator de risco para os relacionamentos, usar as afinidades em favor da amizade pode ser uma estratégia eficaz para se preservar os amigos. Márcia explicou também que além das afinidades, a empatia e simpatia são fundamentais nesse processo. Segundo comentou, mesmo com as diferenças embutidas em cada pessoa, na relação de amizade elas podem descobrir e fortalecer características que são iguais, pareadas. “Quando a gente encontra uma pessoa que ela faz parte do mesmo grupo, tem o mesmo gosto, é capaz de enxergar o mundo à nossa volta da mesma forma, certamente vamos estabelecer com ela uma conexão mais profunda”, destacou Márcia, alertando para o fato de que ainda assim, é importante sempre entender que as diferenças continuarão presente, porque se tratam de duas pessoas.

QUANDO A AMIZADE TORNA-SE PREJUDICIAL

Assim como as relações de amizades são muito importantes para a saúde mental das pessoas, vale compreender que, em alguns casos, isso não pode acontecer e alguns “amigos” podem se tornar muito prejudiciais à saúde mental do outro. Sobre este ponto Márcia destacou o sentimento de possessão, como se o outro fosse uma propriedade sua, e não suporta a ideia de que o outro pode evoluir e trilhar novos caminhos. “Eu costumo dizer que amigo mesmo não é aquele que suporta a nossa tristeza, porque nós que somos seres humanos, temos a capacidade nata de se compadecer com o sofrimento do outro, tanto que quando isso não acontece, a gente considera como anormal. Mas, difícil mesmo é, em uma relação de amizade, a gente suportar a felicidade do outro. É o que as pessoas chamam de inveja”.

DIZENDO "NÃO" A UM AMIGO

‘Me diga com quem você anda que eu te direi quem você é’, este ditado popular aponta que o prestígio ou desprestígio das pessoas, está relacionado às suas companhias, pois estas podem influenciar sua personalidade. Porém, se o amigo está ciente do que é bom ou ruim, ele pode dizer “NÃO” às propostas do outro. Mas, como dizer não a um amigo que tenta te influenciar a um comportamento que você não concorda? Márcia sugere que: “A única forma que tem de dizer não é dizendo não de forma clara, direta e respeitosa. Porém, eu preciso ter autoconhecimento para dizer isso. Eu preciso saber se com aquele “não” vem uma carga de raiva, de decepção, de frustração. Tem que dizer não, pura e simplesmente, não. O não de negação, de não aceito”.

 

E falando sobre as boas influências de amigos, leitores do Camaçari Notícias escreveram como os amigos os ajudam a crescer enquanto pessoas. Veja abaixo:

 

 

 

Repórter CN: Geovania Cruz

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