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Padrasto fica preso mesmo após enteada dizer que inventou estupro

Salvador

Padrasto fica preso mesmo após enteada dizer que inventou estupro

Por Sites da Web

Mecânico foi denunciado em 2009 pela enteada, que depois mudou versão. Foto: divulgação

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) manteve a pena de 10 anos de prisão do mecânico Edmilson Gonçalves dos Santos, 47 anos, por suspeita de estupro, mesmo após a enteada dele, que teria sido a vítima, afirmar em depoimento que "inventou" o abuso. O pedido de revisão da condenação feito pela defesa do mecânico foi julgado improcedente, na manhã de quarta-feira (2), em Salvador.

Edmilson Gonçalves foi denunciado pelo crime de estupro em 2009, quando a enteada Lanara de Jesus Nunes tinha 11 anos, e condenado em maio de 2014. Ele cumpre pena na Penitenciária Lemos Brito (PLB), no bairro da Mata Escura, em Salvador. Cinco anos após a denúncia, a suposta vítima do estupro desmentiu a própria acusação contra o padrasto, alegando que foi coagida pelo pai biológico a mentir. O pai da jovem seria contra o relacionamento da ex-mulher com Edmilson.

O pedido de revisão da condenação do mecânico teve o voto contrário de oito desembargadores, contra seis a favor, segundo informou a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça. A relatora do processo é a desembargadora Ivete Caudas, que votou contra o pedido de revisão.

Para a maioria dos desembargadores, o depoimento da jovem sobre a "invenção" do estupro foi dado de forma isolada, uma vez que a menina prestou outros cinco depoimentos em que afirmou ter ocorrido o abuso. Os desembargadores também afirmaram ter levado em consideração relatórios psicossociais elaborados por profissionais que acompanharam a jovem e disseram, ainda, que a madrasta da enteada do mecânico também afirmou ter ocorrido o estupro.

O advogado do mecânico, Revardiêre Assunção, disse que vai recorrer da decisão. "O placar [da audiência desta quarta] foi apertado. Vou me reunir com a família dele e esperar a intimação da decisão de hoje para que possamos recorrer e buscar uma nova releitura favorável a ele. A postura do Tribunal foi conservadora. Eles foram temerosos para evitar abrir nenhum tipo de precedente. A gente perdeu uma batalha, mas não perdeu a guerra. Vamos perseguir a absolvição dele", afirmou. O advogado criticou a decisão da Justiça por não ter levado em consideração o depoimento da enteada de Edmilson negando o crime.

"Primeiro, para condená-lo, eles se basearam no depoimento dela. Agora, que ela nega a acusação, a fala dela não tem mais crédito. Além disso, o resultado do laudo feito na menina não foi determinante para a condenação ou absolvição, uma vez que não atestou, na época, lesões recentes. O laudo atestou apenas que ela não era mais virgem, mas o primeiro contato sexual tinha ocorrido um ano antes, quando ela tinha 10 anos, com um namorado, como ela mesma disse", afirmou.

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