Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Notícias

/

Salvador

/

Argentino executado na Barra era acusado de ameaças de morte

Salvador

Argentino executado na Barra era acusado de ameaças de morte

Por Sites da Web

 

Flores são deixadas na porta da churrascaria de propriedade do argentino. Ele foi morto com quatro tiros e câmeras estavam desligadas

O empresário argentino Horácio Fidel Lopez, 58 anos, morto dentro de sua churrascaria, no Porto da Barra, havia sido denunciado por ameaças de morte. A informação é do comandante da 11ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Barra-Graça), major Edmundo Assemany. Informações do iBahia.

“A gente já tem uma suspeita bem forte. Na delegacia, tinham várias queixas contra o argentino, uma até por ameaça de morte”, afirmou o major, acrescentando que acompanha as investigações, apesar de o crime ser investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). “As pessoas falam que ele era muito difícil. Algumas testemunhas dizem que ele emprestava dinheiro a juros”, contou o major.

Horácio foi morto por volta das 21h, de quarta-feira, dentro Churrascaria Carne na Brasa, que fica na Avenida Sete de Setembro, próximo ao Forte de Santa Maria, ao lado do Hotel Sol Brilhante. Segundo informações da Polícia Civil, o comerciante estava sentado em uma das mesas, de costas para a rua, quando um suspeito entrou a pé e efetuou os disparos.

Testemunha

Uma testemunha contou, sob anonimato, que os disparos foram efetuados por uma única pessoa, que passou antes no local para se certificar de que o argentino estava sozinho. “Vi quando o cara passou usando bermuda e camisa pela frente da churrascaria, como quem não queria nada, e depois voltou, atirou e correu”, contou um morador da região.
Ainda segundo a testemunha, após o crime, o homem entrou na Rua César Zama para chegar à Rua Barão de Sergy, onde outra pessoa o aguardava no carro. “Disseram que ele entrou no lado do carona e o carro saiu em disparada”, disse.

Horácio foi atingido na cabeça e braço direito. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu. Ainda de acordo com a Polícia Civil, o estabelecimento possuía câmeras de segurança, mas ainda não estavam funcionando.
O Porto da Barra tem uma base móvel da Polícia Militar, mas, segundo o major Assemany, a viatura fica realizando rondas na região. “O suspeito aproveitou um momento em que a viatura não estava para agir”, disse.

hipóteses No local, foram coletadas cápsulas de uma pistola calibre .40, que foram encaminhadas para perícia. A responsável pelo caso é a delegada Andréa Ribeiro, da 1ª Delegacia de Homicídios, do DHPP. Segundo a assessoria da Polícia Civil, a equipe está à procura dos bandidos.

O major Assemany afirmou que houve um episódio envolvendo Horácio e uma agressão a facadas.  “Um rapaz esfaqueou uma pessoa e se escondeu no restaurante dele. Só que o esfaqueado é cunhado de um traficante. Essa é uma das linhas de investigação: o cunhado, que é o traficante, é que seria o suspeito”.

Segundo moradores da região, o empresário teria sido ameaçado de morte por um rapaz com quem se envolveu numa briga há cerca de dois anos, no mesmo local onde foi morto. À época, o rapaz foi esfaqueado por outro argentino, amigo de Horácio, quando no espaço ainda funcionava um estacionamento de propriedade de Horácio.“O rapaz fazia parte de uma das facções que frequentam o Porto aos domingos e ele mandou um recado de que se vingaria”, disse um cliente da Churrascaria Carne na Brasa.  Segundo ele, era um dia de domingo quando o rapaz saiu da praia e foi para o estacionamento. “Não se sabe o porquê, mas ele foi tirar uma satisfação de Horácio, que tinha um temperamento muito difícil. Mas quando chegou, o rapaz se deu mal”, contou.

Na confusão, o desafeto de Horário foi esfaqueado. “Dizem que quem deu os golpes foi o outro argentino, com a ajuda do funcionário do estacionamento. Mas o cara disse que isso não ia ficar assim. O outro argentino saiu do país e o funcionário nunca mais veio para as bandas de cá”, contou o cliente.Mas o caso das facadas não é a única linha de investigação da polícia. “Outra suspeita é de um cliente. Na semana passada, especificamente, ele agrediu um rapaz, chegou até a bater no rosto do rapaz, que saiu de lá bem aborrecido”, afirmou o comandante da 11ª CIPM, confirmando o que muitos relataram na região, de que o argentino tinha um temperamento difícil. “Tinha briga com o dono do hotel que ficava do lado e até na montagem do restaurante teve discussão com o antigo proprietário”, disse o major.

 

Argentino estava sentado de costas quando foi alvejado

Processos
Oito processos tramitam no Tribunal de Justiça envolvendo o nome do argentino, a maioria relacionada à posse do imóvel onde funciona a churrascaria. Ele é réu e em sete processos e autor em um, em que pede a renovação do contrato de locação. Os outros sete são: dois de execução fiscal (um de cobrança de IPTU pela prefeitura e outro de cobrança de IPVA pelo governo do estado); duas ações de despejo por falta de pagamento; uma de penhora dos bens para pagamento da dívida com locação do espaço; uma de cobrança de dívida pelo banco Itaú; uma de cobrança de aluguel do ponto comercial.

Surpresa
Segundo os funcionários da churrascaria, a família do argentino está vindo ao Brasil. Horácio atuava no local havia dez anos, mas a churrascaria começou a funcionar há 15 dias.

Durante o dia, funcionava como estacionamento privativo e, à noite, ele colocava mesas e cadeiras na área externa para servir comidas e bebidas.

“Estive com ele há dois dias atrás. Passei, vi o restaurante e quis conhecer. Fiquei chocado quando soube da notícia”, conta Geraldo Pinto, comerciante local. Ele também esteve hoje no estabelecimento e depositou flores para o colega.
 

Relacionados

VER TODOS