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<b>Após dez meses, polícia conclui inquérito sobre morte de publicitário</b>

Salvador

Após dez meses, polícia conclui inquérito sobre morte de publicitário

Por: G1

Daniel Prata morreu após acidente em Salvador.

 

O inquérito policial sobre a morte do publicitário Daniel Prata em acidente de trânsito ocorrido no mês de novembro de 2014 foi finalizado na primeira semana deste mês de setembro, e divulgado pelos advogados da vítima e do suspeito nesta quarta-feira (16), em Salvador. O resultado da investigação aponta que o suspeito da morte, o advogado e professor universitário Roberto João Starteri Sampaio Filho, cometeu homicídio doloso contra Daniel e lesão corporal grave contra a médica Luciana Tavares, que também estava no carro e ficou ferida.

De acordo com os advogados, o inquérito foi finalizado pela 16ª Delegacia, da Pituba. Os advogados informaram que o inquérito, junto com o relatório policial, foram encaminhados ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), que será responsável por oferecer denúncia à Justiça em caso de acusação de homicídio doloso. O advogado de Daniel, Bruno Nova, disse que a conclusão do inquérito foi baseada nas imagens de câmeras de vigilância da Avenida ACM, onde ocorreu o acidente, e da boate em que Roberto estava antes do acidente.

“A perícia sobre as imagens do acidente concluiu que o fator decisivo para provocar o acidente foi a forma que ele (Roberto) conduzia o veículo. Ele estava a cerca de 140 km/h em uma via com o limite de 70 km/h. As imagens da boate, de momentos antes do acidente, mostram que ele estava em embriaguez”, conta.

O defensor da vítima ainda diz que o suspeito se negou a fazer teste de bafômetro no dia do acidente com o argumento de não produzir provas contra si mesmo. “Foi feito procedimento alternativo pelas autoridades envolvidas, que perceberam por fatores de observação que ele estava em embriaguez”, afirma. Segundo Bruno Nova, a médica Luciana Tavares ficou com sequelas locomotoras e cognitivas após o acidente e ainda faz tratamento para se recuperar.

O advogado de Roberto, Sérgio Habib, contesta que as provas indiquem a embriaguez do cliente. “Pelo que acompanhei, essas provas têm que ser discutidas em juízo. Se ele se negou a fazer o teste ou não, não tem provas de que ele bebeu”, afirma. Ele defende que há muitos aspectos do processo podem influenciar na decisão do Ministério Público sobre o caso. “Roberto dirigia na mão dele e a vítima invadiu o sinal. Além disso, o levantamento cadavérico apontou álcool no corpo da vítima”, diz.

Acidente na Avenida ACM, em Salvador, em novembro de 2014.

Acidente
Roberto responde ao inquérito em liberdade, depois de ficar detido preventivamente por três dias, logo após o acidente, ocorrido na madrugada de 8 de novembro de 2014. Ele ficou detido em cela especial na Polícia Interestadual (Polinter), no bairro dos Barris. "Foi uma fatalidade. Eu tenho, de verdade, que passar minha consternação à família do rapaz", disse o suspeito  assim que saiu da prisão, à época.

O delegado Nilton Tormes, titular na 16ª Delegacia, que investiga o caso, afirmou, em novembro do ano passado, que o professor já foi flagrado dirigindo sob o efeito de álcool em outra ocasião, após ter provocado um acidente, e também já se envolveu em uma briga generalizada no interior da Bahia. No entanto, o advogado de Roberto afirmou à época que ele não tem antecedentes criminais. "Tenho em mãos certidão de antecedentes onde nada consta. Não tem processo, não tem nada". Habib também negou que o suspeito tivesse se envolvido em uma confusão em uma boate na noite do acidente.

Segundo a Transalvador, a caminhonete dirigida pelo professor bateu na lateral do veículo conduzido pelo publicitário, que capotou em seguida. O carro de Daniel ficou completamente destruído. Informações do G1*

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