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Salvador
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Por Pesquisa Web
(Foto: Marina Silva/CORREIO)
"A mãe de Kaíque ainda chora todos os dias. Até hoje ela não consegue ver o vídeo", disse o tio do jovem, o microempresário Igor Aquino, 40, na manhã desta terça-feira (11), durante o julgamento do pintor Edson Rodrigues dos Santos, 27, acusado de matar o sobrinho, após desferir um soco no rosto do rapaz, na sexta-feira (9) de Carnaval do ano passado. Um vídeo divulgado pela polícia mostra o exato momento da agressão que levou à morte o estudante universitário.
A mãe não compareceu ao julgamento. "Ela está muito abalada e, por uma questão de saúde, não veio. Mas o pai, tios, estão todos aqui", disse Igor Aquino.
O julgamento no Fórum Ruy Barbosa começou pouco depois das 9h, após o sorteio das sete pessoas que compõem o júri popular. Para o julgamento, foram intimadas cinco testemunhas - sendo que uma não compareceu nesta terça ao Fórum em Nazaré.
Até o momento, foram ouvidas as testemunhas de acusação. As duas primeiras foram amigas das vítimas - uma delas um colega de faculdade. Ambos falaram da idoneidade de Kaíque. "Ele era um rapaz de boa índole, responsável, jamais se envolveu em brigas. Era da paz", disse o colega de faculdade da vítima.
Outra testemunha ouvida foi um policial civil do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação. Ele falou como a polícia chegou ao vídeo que mostra o exato momento da agressão. "Inicialmente contamos com o fato de o local ser uma rua pouco movimentada pelo horário e decidimos ir atrás de câmeras que pudessem ter registrado o fato. Foi quando encontramos a imagem", disse o policial.
Para preservar a integridade das testemunhas de acusação, o réu foi retirado do plenário quando os amigos da vítima foram indagados pelo juiz.
O crime
"Eu estava com raiva porque apanhei. Aí eu vim gingando e meti nele. A minha intenção não era de matar", disse o pintor ao CORREIO, em fevereiro de 2018, quando foi preso na madrugada do dia 14 de fevereiro após agredir o estudante cinco dias antes.
Durante a apresentação, Edson chegou a tratar o caso como uma fatalidade e disse que apenas falaria na presença de um juiz. Mas, ao sair da coletiva, ele disse estar arrependido do crime. "Eu não queria matar. Eu apanhei e fiquei com raiva. Meu celular ficou todo quebrado", disse o acusado.
Investigações Segundo a delegada Carmen Dolores, titular da 14ª Delegacia (Barra), a polícia só conseguiu chegar ao acusado porque imagens de câmeras de segurança da rua captaram a placa e o modelo do caminhão. O motorista que deu fuga a Edson estava na noite desta terça-feira (13) nas imediações da Avenida Centenário.
Com ele estava o adolescente de 15 anos que prestava serviços ao motorista. Ainda segundo a delegada, o motorista conhece um amigo de Edson. O veículo, no dia do crime, estava estacionado a cerca de 10 metros de onde o crime aconteceu. De acordo com o delegado José Bezerra Júnior, diretor do DHPP, nas imagens das câmeras de segurança é possivel ver que o veículo estaciona na rua por volta das 22h da quinta-feira (8) de fevereiro. E, já por volta das 2h50, é possível ver duas pessoas caminhando rápido em direção ao caminhão, um deles seria o Edson e o outro seria o adolescente de 15 anos.
Dia do crime
De acordo com a família, era o terceiro Carnaval do estudante que se formaria no próximo ano. Às 23h30, Kaíque saiu da casa de um amigo, na Rua Manoel Barreto, na companhia de um primo e mais três amigos para o circuito Dodô. Minutos depois ele se perdeu do grupo no meio da multidão. Sozinho, Kaíque decidiu voltar para casa, às 3h, quando a pouco menos de 500 metros foi surpreendido com um soco no rosto. Ao cair, a vítima ainda levou um chute do agressor.
Desacordado, o estudante ainda chegou a ser socorrido por uma família que passava pelo local. Um dos membros era uma médica, que aguardou no local até a chegada Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) às 3h30. Fonte: Jornal Correio*
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