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'Ouvimos uns três tiros seguidos', diz testemunha de assassinato de policial

Salvador

'Ouvimos uns três tiros seguidos', diz testemunha de assassinato de policial

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Por: Pesquisa Web

Policiais aguardam na porta do Hospital Roberto Santos (Paula Fróes/ CORREIO)

O soldado da Polícia Militar Leandro Cursino da Silva, de 35 anos, foi morto com um tiro na cabeça dentro da viatura em que estava, no final da manhã de segunda-feira (19), em Salvador. De acordo com policiais, três agentes estavam na viatura reserva 0108 no momento do crime. Tudo aconteceu por volta do meio-dia, na Rua Silveira Martins, no Cabula, na entrada do Resgate. A informação é do Jornal Correio*

Uma guarnição da 23ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) fazia rondas no local, quando populares acionaram a polícia para um caso de roubo de motocicleta. Uma perseguição ao assaltante foi iniciada pela viatura em que estava Leandro. Um suspeito que estava de moto foi localizado e, ao ser abordado pela polícia, se posicionou ao lado da viatura e disparou um tiro, que atingiu a cabeça do policial. 

Leandro, que fazia parte da guarnição da PM há cinco anos, foi socorrido e levado para o Hospital Geral Roberto Santos, no Cabula, mas não resistiu. Na unidade de saúde, colegas foram acompanhar o estado de saúde do policial e ficaram bastante abalados. Segundo um deles, Leandro nasceu e tinha família em uma cidade do interior da Bahia e dava suporte financeiro aos parentes. O corpo foi encaminhado para perícia ao Instituto Médico Legal para então ser liberado para a família.

O suspeito de roubo e autor do disparo que atingiu e matou Leandro foi baleado na perna pelos policiais militares e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas também não resistiu. Há informações de que um outro assaltante também estaria envolvido, mas teria conseguido fugir. A PC e a PM não confirmaram a informação.  

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram uma aglomeração de populares e policiais em volta do suspeito, caído no chão próximo à uma farmácia. Em seguida, também é possível observar que pessoas chutam a cabeça do indivíduo. Outra viatura chega, policiais carregam o homem baleado e o colocam no veículo. Em um áudio também na internet, uma pessoa não identificada diz: “O cara acabou de matar um policial na minha frente agora. O cara matou um policial dentro da viatura. Que mundo é esse? Um tiro na cabeça do policial!”.

No local, comerciantes disseram que ouviram vários disparos e que muitos estabelecimentos baixaram as portas, sem saber o que estava acontecendo. Na frente da farmácia onde o suspeito ficou caído, foram identificadas ao menos três marcas de tiros nas paredes. 

Segundo a atendente de uma lanchonete próxima ao local, o momento foi de medo e correria. “A gente ouviu uns três tiros seguidos pelo menos. Corremos para a porta para ver o que era, aí o cara já estava no chão. Esperaram a viatura chegar e levaram ele. Foi tudo muito rápido”, contou.

De acordo com a PM, Leandro foi o primeiro policial militar morto em serviço em 2021. Outros quatro agentes foram vítimas de morte violenta enquanto estavam de folga. Durante todo o ano de 2020, foram contabilizadas 13 mortes violentas, sendo uma em serviço e 12 em folga. 

As informações sobre o velório e sepultamento do PM Leandro estão sendo definidos pela família. O Departamento de Promoção Social (DPS) da PM está prestando todo o suporte e apoio à família do policial militar.

A PM emitiu uma nota de pesar:

“É com muito pesar que a Polícia Militar informa o falecimento do soldado PM Leandro Cursino da Silva, lotado na 23ª CIPM/Tancredo Neves. O militar foi atingido por disparo de arma de fogo, após realizar uma abordagem a um suspeito de roubar uma motocicleta no Resgate, Cabula. Ele foi socorrido para o Hospital Geral Roberto Santos, mas infelizmente não resistiu ao ferimento. O policial fazia parte da corporação há 5 anos. As informações sobre o velório e sepultamento estão sendo definidos pela família. O Departamento de Promoção Social (DPS) da PM está prestando todo o suporte e apoio à família do policial militar”.

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