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Economia
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Por: Pesquisa Web
A falta de pagamento de contas motivada pelo desemprego cresceu 12 vezes (1.123,59%) na quarentena, aponta levantamento feito pela Deep Center, empresa de gestão da informação, análise de dados e inteligência artificial.
A empresa analisou uma média de 883.520 chamadas atendidas por credores ao dia em operações de cobrança de três grandes instituições financeiras entre 17 e 31 de maio.
A justificativa de descontrole financeiro subiu 19,6% no período, enquanto outros motivos corriqueiros mostraram queda, como aguardo de recursos de terceiros (-18%), endividamento com terceiros (-16,52%) e atraso de salário (-4,34%). A falta de pagamento por motivo de doenças se manteve estável.
Foi observado um crescimento de 50% nas recusas de pagamento de dívidas após o início da quarentena e uma queda de 37% nas alegações de pagamento, que é quando o contato com o cliente é feito e ele confirma que já sanou uma dívida recente, comparando com a média do período anterior à pandemia.
Com o número recorde de demissões durante a pandemia, a taxa de desemprego no país foi de 12,9% no trimestre móvel encerrado em maio, acima dos 11,6% registrados nos três meses anteriores, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No período, o país fechou 7,8 milhões postos de trabalho.
O número de desempregados — pessoas que procuraram emprego, sem conseguir — somou 12,71 milhões de março a maio.
O desemprego não cresceu ainda mais porque parte da população que perdeu a ocupação decidiu não procurar emprego, diante da dificuldade de circulação pelas grandes cidades e a falta de oportunidades.
A população fora força de trabalho — pessoas desempregadas e que não buscavam trabalho — cresceu 13,7% frente ao trimestre até fevereiro, alta de 9 milhões por essa comparação.
O auxílio emergencial, que focou nos mais pobres, fez a renda per capita dessa parcela da população crescer até 2.136% em maio, segundo o IBGE.
Segundo Gabriel Camargo, CEO da Deep Center, a disponibilização do auxílio emergencial atenua um pouco a situação, porém não é suficiente para resolver todos os boletos.
"Analisando os dados, percebemos que 67% das pessoas contatadas demonstram boa fé em pagar suas dívidas, mas não conseguem efetivar de fato”, explica.
Em maio, 38,7% dos 68 milhões de domicílios brasileiros foram beneficiados e quase a metade da população (44,7%) mora em uma casa que recebeu a ajuda.
O Estado distribuiu, então, R$ 23,5 bilhões e o valor médio recebido por domicílio ficou em R$ 846,50. Cerca de 20,3% do gasto total chegou aos mais pobres. O montante também regrediu conforme o aumento da renda média: o segundo decil mais pobre ficou com 18,6% da verba e o decil mais rico ficou com 1,4% do total. Fonte: Valor Investe*
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