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Conselho da Petrobras se reúne na terça e discutirá comentários de Bolsonaro

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Conselho da Petrobras se reúne na terça e discutirá comentários de Bolsonaro

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Por: Pesquisa Web

Bolsonaro e Petrobras: as declarações da quinta do presidente impactaram nas ações da Petrobras, que começaram em forte queda nesta sexta (Foto: Adriano Machado/Reuters)

Depois de criticar o reajuste divulgado pela Petrobras e citar a possibilidade de uma "consequência" para a estatal, o presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta sexta-feira, 19, que ocorrerão mudanças na petrolífera. O chefe do Executivo disse que "jamais" irá interferir na política de preços da empresa, mas cobrou previsibilidade nos reajustes dos preços dos combustíveis.

Após as falas do presidente, o conselho de administração da Petrobras decidiu se reunir na terça-feira para discutir pressões feitas por Bolsonaro para que o presidente-executivo Roberto Castello Branco renuncie, disseram duas fontes com conhecimento do assunto nesta sexta-feira.

O conselho defende Castello Branco, embora a maioria de seus membros seja nomeada pelo governo, disse uma das fontes, que pediu anonimato para discutir assuntos confidenciais.

"Anuncio que teremos mudança, sim, na Petrobras. Jamais vamos interferir nessa grande empresa na sua política de preço, mas o povo não pode ser surpreendido com certos reajustes", declarou Bolsonaro, durante evento do governo relacionado às obras de transposição do Rio São Francisco em Sertânia, no Estado de Pernambuco. "Faça-os (reajustes), mas com previsibilidade, é isso que nós queremos", acrescentou.

Na quinta-feira, durante transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro criticou duramente o reajuste anunciado pela Petrobras e afirmou que "alguma coisa" ocorreria com a petrolífera nos próximos dias, sem entrar em detalhes. Bolsonaro fez ainda uma ameaça indireta ao presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, ao citar que o comandante da estatal disse não ter "nada a ver com os caminhoneiros". Segundo o chefe do Executivo, isso teria "uma consequência, obviamente".

As declarações da quinta do presidente impactaram nas ações da Petrobras, que começaram em forte queda nesta sexta.

No evento em Sertânia, Bolsonaro destacou que a composição do preço dos combustíveis não será mais um "segredo de Estado" e exigiu transparência. "Se lá fora aumenta o preço do barril do petróleo e aqui dentro o dólar está alto, sabemos das suas repercussões no preço do combustível. Mas isso não vai continuar sendo um segredo de Estado. Exijo e cobro transparência de todos aqueles que tenho responsabilidade de indicar", disse.

Em sua fala, Bolsonaro ressaltou as medidas anunciadas na quinta de zerar impostos federais sobre o óleo diesel, por dois meses, e sobre o gás de cozinha de forma permanente. "Se na origem ele (gás de cozinha) custa menos de R$ 40 não justifica na ponta custar R$ 90 ou R$ 100", afirmou. As medidas de isenção dos tributos federais começarão a valer a partir de 1º de março.

"O governo federal faz a sua parte, bem como decidimos que nos próximos dois meses zeraremos também os impostos federais em cima do diesel", comentou Bolsonaro. "Nesses dois meses estudaremos medidas que possam realmente trazer conforto na questão de combustíveis no Brasil", declarou.

No caso do diesel, o anúncio de Bolsonaro é uma forma de atender as demandas de caminhoneiros, categoria que apoiou o presidente nas eleições de 2018.

No evento desta sexta para o acionamento das comportas do primeiro trecho do Ramal do Agreste, o presidente estava acompanhado dos ministros Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, Gilson Machado, do Turismo, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, além do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Fonte: Exame*

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