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Professora é retirada arrastada por policiais militares em Câmara de Vereadores

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Professora é retirada arrastada por policiais militares em Câmara de Vereadores

A ordem para retirada da professora do local partiu do presidente da Câmara.

Por: Pesquisa Web

(Foto: reprodução)

Uma professora de 56 anos foi imobilizada, algemada e retirada a força por policiais militares de uma sessão na Câmara de Vereadores da cidade de Maiquinique, interior da Bahia. A confusão, registrada na sessão da última segunda-feira (15), teria se iniciado após Maria Elizabete Dias de Almeida ter sentado de costas para o vereador que usava a tribuna na sessão.

O presidente da Casa, Lourisvaldo de Souza, mais conhecido como Chico Batoré (Solidariedade), pediu que a professora se sentasse direito, mas como o pedido foi negado, ele acionou os militares da Câmara e ordenou a retirada da mulher do local.

Mesmo após já ter se acomodado na cadeira da Câmara, os policiais pediram a saída da mulher do local. Após resistir ao pedido, alegando que não teria feito nada, a professora foi algemada e arrastada pelo plenário até a parte externa da Casa Legislativa.

Toda a ação foi transmitida ao vivo durante live da Câmara Municipal e registrada por moradores presentes no local. Em conversa, Maria Elizabete disse que ficou com diversos machucados no corpo, diante da brutalidade da ação.  

“Eu sei que eles se incomodam com minha presença na sessão porque eu sou independente e não preciso de Prefeitura da cidade. Eu já percebi o jogo deles e levei apenas uma bandeira branca da paz para protestar. Não falei nada, apenas balancei a bandeira, mas os policiais já vieram me retirar. Dessa vez eles me puxaram, me algemaram e me arrastaram. Meus punhos doíam muito e eu fui parar em um hospital onde fiquei em observação, pois minha pressão marcou 18/10”, contou.

Já o presidente da Câmara, acusou a professora de causar tumulto nas última oito sessões realizadas na cidade. “Essa é a oitava sessão que essa senhora interrompe. É uma situação complicada. A gente tenta dialogar, procura ajuda de familiares, mas ela não obedece a ninguém. A delegada da cidade já conversou com ela, mas ela continua indo e tumultuando. Ontem ela surtou, chutou computadores e desacatou os policiais. Enquanto presidente da Câmara, eu tive que tomar uma atitude”, explicou.  

Sobre a truculência dos policias em retirar a mulher do local, Chico Batoré disse que a professora “se jogou” no chão. “O apelido dela aqui na cidade é Bete Doida. A população cobrava uma posição, fazer o que? Infelizmente, muitas vezes as pessoas se aproveitam dos cabelos brancos pra fazer isso, mas eu como presidente precisava tomar uma atitude. Os policiais já tinham conversado com ela, mas ela desacatou e quando foram retirar, ela se jogou no chão”, contou.

 

 

POLÊMICA

A ação policial levantou polêmica nas redes sociais. Enquanto algumas pessoas concordaram com a atitude do presidente, outros saíram em defesa da professora. Um deles foi o vereador Ezequiel Ferraz (Solidariedade). “Por diversas vezes essa senhora vai à sessão e usa palavras de ordem para fazer seus protestos. O presidente já pediu diversas vezes que ela parasse, mas ontem decidiu acionar a polícia para retirá-la. Eu repudio esse ato porque não é assim, democraticamente, que o poder Legislativo deve se comportar diante do povo. A gente está ali para legislar pela segurança da população e não usar a força policial para retirar as pessoas da Casa do povo da forma que fizeram. Independente das manifestações, essa não é uma medida adequada para a Casa legislativa”, disse.

Nas redes sociais, onde os moradores comentaram sobre o caso, também houve divisão de opiniões. Fonte: BNews*

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