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Bahia
Por Pesquisa Web
A receita advinda das exportações na Bahia caíram 10,2% no mês de julho, afetada pela redução dos preços das commodities, principal produto de exportação do estado, segundo informações divulgadas na segunda-feira (10), da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).
Considerando todos os produtos exportados pela Bahia, a quantidade vendida no mês de julho cresceu 21,2%, mas ainda assim, os preços recuaram 26%. Ou seja, os exportadores baianos venderam mais, mas receberam menos dólares do que no mesmo período do ano passado.
Embora a alta do dólar ante o real tenha compensado parcialmente as empresas exportadoras, a queda maior que a esperada nos preços internacionais de produtos como petróleo, soja, petroquímicos, minerais e celulose (que estão entre os itens mais exportados pelo estado) foi o principal fator para a queda na receita.
A quantidade de derivados de petróleo embarcada para outros países, por exemplo, cresceu 109,2% em julho, mas a cotação do produto caiu praticamente pela metade.
Além da cotação menor dos produtos, pesou no ano a redução de 33,2% nos embarques de derivados de petróleo, devido à parada para manutenção de importante unidade produtiva na Refinaria Landulpho Alves, em fevereiro, e dos produtos químicos e petroquímicos, principalmente para os Estados Unidos, por conta do avanço da competição chinesa.
Para agravar o quadro, o comércio global ainda está fraco e alguns dos principais parceiros do estado vêm reduzindo as compras de produtos baianos. É o caso dos EUA, que reduziu as compras em 39% ante os sete primeiros meses do ano passado, da União Europeia, com 19,4%, e o Mercosul, com queda de 17%.
A desaceleração econômica da China também vem diminuindo a demanda por matéria-prima, o que tem refletido na queda dos preços globais das commodities.
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