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Bahia
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Por Sheila Barretto
Uma garotinha de apenas 11 anos de idade está enfrentando uma verdadeira batalha. A pequena Evany Vitória Silva Pinto, moradora do município de Simões Filho, foi diagnosticada desde o nascimento com epilepsia refratária, uma doença em que o paciente não consegue evitar as crises mesmo utilizando o medicamento.
Conversamos com Ednéia Ferreira, mãe de Evany, que nos contou que a filha faz uso de 12 comprimidos diariamente e que em apenas cinco dias, a menina teve quatro crises. A melhora no estado de saúde da garota só foi percebida quando ela fez uso do Canabidiol, um dos princípios ativos da Cannabis sativa, nome científico da maconha.
Por ser feito a partir de uma planta ilegal, o medicamento não é produzido no Brasil. Cada frasco custa cerca de R$ 3 mil. Por essa razão, a família de Evany Vitória entrou na Justiça e em março do ano passado, a juíza da 2ª Vara Criminal da Infância e Juventude, Ana Gabriela Duarte Trindade, determinou que o Governo do Estado e a Prefeitura de Simões Filho garantissem o tratamento da menina gratuitamente. Passados cinco meses, a decisão ainda não foi cumprida.
“Entrei em contato com a Secretaria de Saúde do Estado em dezembro e eles disseram que estavam com a ordem do pedido de compra do medicamento e pediram que eu enviasse as receitas médicas. Enviei a receita e o relatório médico, porém os remédios não chegaram. Desde então liguei várias vezes e sempre me mandam aguardar”, disse Ednéia.
Enquanto isso, a menina sofre com as frequentes crises e com os efeitos colaterais dos outros remédios.
No início deste mês, a Justiça Federal na Bahia determinou que a União inclua medicamentos, já registrados pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), à base de Canabidiol (CBD) e Tetraidrocanabinol (THC), na lista de fármacos ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia informou que, ao todo, 12 pacientes com ação judicial no Estado aguardam importação do medicamento para serem atendidos.
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