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Agências de viagens demitem na Bahia

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Agências de viagens demitem na Bahia

Por: Sites da Web

Sinal de alerta para as agências de turismo da Bahia que estão operando no amarelo. Segundo levantamento do Instituto de Pesquisas, Estudos e Capacitação em Turismo (Ipeturis), 82,1% das empresas do agenciamento turístico do Brasil registraram queda nas vendas este ano e o setor, no estado, acompanha esta tendência.

“A economia como um todo tem sofrido um desaceleração muito grande e o turismo, seja ele corporativo ou de evento, ele é atingido rapidamente. A luz está amarela, quase vermelha. Essa é a fotografia do momento”, afirma José Alves Peixoto, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens na Bahia, entidade com mais de 100 empresas associadas.  Conforme José Alves, em comparação com o mês de julho, tipicamente de férias, do ano passado, este mesmo período em 2015 apresenta uma “diferença marcante” com relação às vendas de passagens. “O ano passado ainda estava com um movimento interessante internacional que, de uma forma ou de outra, este ano não aconteceu”, acrescentou.

O dirigente da ABAV-BA revela que, por causa da crise econômica brasileira, as agências de viagens executaram um corte aproximado de 35 por cento do quadro de pessoal. “O nosso maior custo é a mão de obra”, declarou. Entretanto, o dirigente da Associação das Agências de Viagens observa que “o mais importante é que o mercado reagiu. Os empresários reconheceram rapidamente esta diminuição de vendas e tomaram atitudes pra compensar esta redução de vendas. Chamamos os fornecedores para renegociar e reduzir as tarifas para o consumidor final. Baixou a tarifa nominal do sistema, para poder quando um fizesse conversão pra Real ficasse quase do mesmo valor do ano passado”, pontuou.  

A pesquisa da Ipeturis aponta que mais de 71% das empresas consultadas registraram uma queda superior a 20% para vendas direcionadas a pessoas físicas, enquanto 45,1% das empresas apresentaram esta mesma porcentagem de queda em vendas efetuadas para o público corporativo privado. No que se refere ao setor público, foi registrada uma menor redução nas vendas, com 59,4% das empresas consultadas indicando uma queda de até 10%.

“As vendas do setor de agenciamento turístico para pessoas físicas foram as mais afetadas negativamente pelos efeitos da crise econômica brasileira, com variação média de -39,8%, enquanto para o segmento corporativo privado a queda teve variação média de -25,7%”, declarou em entrevista o presidente em exercício do Sindetur-SP, Ilya Michael Hirsch, que encomendou a pesquisa.

Diante deste cenário, a expectativa do presidente da ABAV-BA é de recuperação lenta para as agências, porém positiva: “ A gente vai reduzir o quadro pra demanda que temos agora. A partir do momento que melhorem as vendas, infelizmente não temos uma visão muito otimista que isto aconteça imediatamente, não seremos mais obrigados a reduzir custos”, diz José Alves, que confirma ser o baiano um viajante maior para o próprio estado e a nível nacional preferir  destinos como  São Paulo e Rio de Janeiro”. Segundo José Alves, quando sai do País, o baiano viaja mais para Madri, Lisboa e Miami por causa dos voos diretos que nos temos aqui. “Porém houve uma queda, que se tentou compensar com a redução de tarifas, mas que realmente a gente não conseguiu atingir os números que a gente esperava”.

A pesquisa realizada mostra também que as viagens para os destinos internacionais sofreram maior impacto, com queda média de 44,2% nas vendas, enquanto as viagens para os destinos nacionais apresentaram retração média de 27%. Em âmbito internacional, o ranking para a temporada de inverno deste ano é encabeçado por Orlando (13,2%), seguido de Miami (11,6%), Nova York (9,3%), Paris (7,6%) e Buenos Aires (6,7%). Tribuna da bahia.

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