Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Notícias

/

Bahia

/

Secretária da Saúde avalia possibilidade de lockdown em Aracaju

Bahia

Secretária da Saúde avalia possibilidade de lockdown em Aracaju

.

Por: Pesquisa Web

A secretária municipal da Saúde de Aracaju, Waneska Barbosa, afirmou durante visita à Câmara de Vereadores, nessa segunda-feira (11), que não está descartada a possibilidade de o governo municipal decretar lockdown, um protocolo de isolamento ou bloqueio total imposto para população, durante a pandemia causada pelo novo coronavírus. 

A possibilidade foi levantada pela secretária após destacar que o principal problema até agora tem sido a recusa ao isolamento social. “Temos a preocupação com a dengue e outras doenças. O espalhamento do vírus se dá em questão da redução do isolamento social, em alguns períodos ele chegou a ser de 40%. O isolamento é o único caminho. Tudo é possível, inclusive o lockdown. As medidas estão sendo tomadas, vamos observando os números diariamente”, explicou. 

Segundo estudo feito pela prefeitura de Aracaju, divulgado no mês passado, somente 52,2% dos aracajuanos estão cumprindo as orientações dadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação ao enfrentamento da covid-19. O levantamento foi feito por meio de rastreamento de aparelhos celulares. 

Em Aracaju, foram registrados até as 19h desta segunda-feira (11), 18 novos casos de covid-19 na capital. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), 15 são mulheres, com idade entre um e 57 anos; e três homens com sete, 30 e 44 anos. 

Com isso, sobe para 1252 o número de pessoas diagnosticadas. Destas, 50 estão internadas em hospitais; 944 estão em isolamento domiciliar; 245, que estavam infectadas, já estão curadas; e 13 morreram. Até o momento, foram descartados 1946 casos do total de 3236 testados. 

Estados e municípios 

A definição concreta das medidas de distanciamento social cabe aos estados. Assim como nas iniciativas de distanciamento ampliada, há diferentes abordagens no confinamento. Cada governo estadual ou prefeitura está determinando os limites e eventuais formas de sanção. 

Brasil 

No Brasil, o termo é previsto na diretriz até o momento vigente do Ministério da Saúde (MS). O Boletim Epidemiológico nº 8, publicado em 9 de abril, define o lockdown como uma das medidas de distanciamento social. O bloqueio total (como o termo foi traduzido) consiste em cercar um determinado perímetro (estado, cidade ou região), interrompendo toda atividade por um breve período de tempo. 

De acordo com a pasta, esse modelo tem como vantagem ser “eficaz para redução da curva de casos e dar tempo para reorganização do sistema em situação de aceleração descontrolada de casos e óbitos”. A desvantagem é o alto custo econômico. 

Além dele, são modalidades menos rígidas o distanciamento seletivo e o ampliado. O primeiro seria aquele focado apenas em pessoas acima de 60 anos ou com doenças crônicas, os grupos de risco, além daquelas que apresentam sintomas da doença. Também conhecido como “isolamento vertical”, teria como finalidade viabilizar o retorno às atividade laborais, já que não impossibilita a circulação de pessoas em estado aparentemente saudável ou que já passaram pela doença e são consideradas imunizadas. 

Já o ampliado, que vem sendo adotado na maior parte dos estados e cidades, prevê que todos os setores fiquem em casa, à exceção dos essenciais, desde que nesses seja garantida higienização e evitada a aglomeração. De acordo com o ministério, o objeto é “reduzir a velocidade de propagação, visando ganhar tempo para equipar os serviços com os condicionantes mínimos de funcionamento: leitos, respiradores, EPI, testes laboratoriais e recursos humanos.” 

Após a mudança no comando do MS, o novo titular, Nelson Teich, vem defendendo o que chamou de abordagem “não linear”, com medidas diferentes para locais distintos de acordo com o avanço da doença e a capacidade do sistema de saúde daquele local de tratar os pacientes, incluindo recursos humanos, leitos, equipamentos e suprimentos. 

Teich afirmou já ter finalizado a atualização da diretriz divulgada no Boletim Epidemiológico 8, formulada pela equipe de seu antecessor, Luiz Henrique Mandetta. Mas declarou nesta semana que ainda não havia divulgado as novas orientações por receio de o tema ser transformado em disputa política. Ele reconheceu que, em locais com situação mais grave, o confinamento pode ser uma estratégia necessária. 

Relacionados