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Secretário alerta para retomada do processo de contágio da Covid-19 na Bahia

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Secretário alerta para retomada do processo de contágio da Covid-19 na Bahia

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Por: Sites da Web

O secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, alertou sobre as consequências de um do descontrole que está ocorrendo em algumas cidades do estado, gerando uma retomada do processo de contágio pelo novo coronavírus. Porém, em uma rede social, ele descartou que a Bahia já esteja enfrentando uma segunda onda da doença, muito menos semelhante ao que está ocorrendo na Europa. As informações são do Tribuna da Bahia*

Utilizando gráficos, o titular da Sesab mostrou que o estado havia atingido um platô tanto no número de casos ativos quanto nos casos novos. Porém, essa estabilização, conforme Vilas-Boas, na sequência da forte redução que vinha ocorrendo – vista por ele como uma queda sustentada –, significaria uma retomada do processo de contágio. “Não podemos chamar de segunda onda, muito menos semelhante ao que está ocorrendo na Europa, mas esses dados nos alertam sobre as consequências do descontrole que está ocorrendo em algumas cidades”, escreveu.

Na última quinta-feira, o Comitê Científico do Consórcio Nordeste divulgou um boletim em que fez um alerta para a possibilidade de uma segunda onda da covid-19 na região, devido a chegada de turistas europeus no período do verão. No documento, o grupo advertiu que novos e numerosos casos podem surgir no período caso as medidas de flexibilização sejam exageradas pelos gestores dos nove estados nordestinos.

“Em vários países europeus existe claramente a incidência de uma segunda onda da epidemia da covid-19, fenômeno conhecido de outras epidemias. Este fenômeno é resultante, em geral, do ‘acomodamento’ da sociedade com a diminuição do número de casos e o relaxamento exagerado nas medidas de prevenção do espalhamento do vírus. O início da segunda onda já está evidente no grande aumento do número de casos da covid-19 e num aumento menor, mas evidente, na Itália, França, Espanha e Reino Unido, dentre outros países europeus”, pontua o comitê.

Por conta disso, há um risco real de que nos próximos meses estejam por aqui pessoas portadoras do vírus, inclusive até de cepas diferentes das que prevalecem no Brasil. Para evitar uma nova, então, o Comitê Científico listou algumas recomendações aos governos estaduais com relação a adoção de medidas de prevenção.

Uma delas é a implantação, em todos aeroportos, de estandes sanitários, com equipes de saúde munidas de folhetos informativos, equipamentos de aferição de temperatura e kits de testagem rápida de passageiros provenientes do exterior. Já a outra é a obrigatoriedade da de quarentena de 14 dias para os turistas que não apresentem atestados que comprovem a ausência de infecção pelo novo coronavírus.

CRÍTICAS

Ainda no documento, o grupo fez críticas ao relaxamento das medidas de isolamento feitas além do necessário, por parte dos governantes, resultando em alta probabilidade de uma possível segunda onda, o que poderá trazer sérias consequências econômicas, sanitárias e sociais. Além disso, citou a campanha eleitoral como um dos fatores que pode contribuir para essa elevação dos registros positivos do coronavírus. Há diversos registros pelo país de pessoas aglomeradas, desrespeitando o distanciamento social e sem usar máscaras, principal item de proteção contra a doença.

O temor, segundo o Comitê, é de que, em nome da própria eleição, colocando-a como prioridade sobre a vida dos cidadãos, os atuais gestores dos municípios podem até a usar a informação sobre quantidade de casos e mortes, de forma indevida, reduzindo os números para trazer uma aparente sensação de tranquilidade, desprezando as recomendações científicas e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

STATUS

Segundo o Comitê Científico do Consórcio Nordeste, na Bahia, a situação atual da pandemia segue uma tendência de queda, ainda que lenta, do número diário de infectados e de óbitos. Porém, fez um alerta com relação ao comportamento dos dados no final deste mês de outubro e em novembro, em função de situação de feriados e de aglomerações devido às campanhas eleitorais.

O grupo adverte ainda que apesar do cenário de queda, a taxa de letalidade na Bahia sofreu um aumento no período de dois meses entre 16 de agosto e 16 de outubro, de 8% (de 2,02% para 2,18%), em comparação com uma queda de cerca de 8% verificada no país no mesmo período (de 3,23% para 2,95%). Estes indicativos serão importantes para a tomada de decisões nos próximos meses, ainda mais em função das festas de fim de ano, a exemplo do Réveillon.

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