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Bahia
Por: G1
Um bebê nasceu com microcefalia na cidade de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador, na quarta-feira (18) e, segundo informações da direção do Hospital da Mulher, o caso está sob investigação para descobrir se há relação com o Zika Vírus. A paciente é moradora de Amélia Rodrigues, cidade a cerca de 28 km de Feira de Santana. Ainda segundo a unidade de saúde, a gestante relatou ter apresentado sintomas da vírus no sexto mês de gravidez.
"Não sabemos ainda se há relação com o Zika porque ela é uma paciente de outro município. A Vigilância Epidemiológia da cidade vai investigar o caso. Ela nos contou que no sexto mês de gravidez teve eritemas [lesões avermelhadas] na pele, mas não teve febre. Disse que foi em um posto de saúde da cidade dela e não falaram nada referente ao Zika. Ela só veio pra gente [Hospital da Mulher] e pariu. A Vigilância de Amélia Rodrigues vai à casa dela, vai investigar. Enfim, vai fazer um rastreamento, para ver se a microcefalia tem ligação com o Zika", explicou Charline Portugal, diretora do Hospital da Mulher.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o caso em Feira de Santana ainda não foi registrado pelo órgão. Ainda segundo a pasta, a Bahia já possui 13 casos de microcefalia registrados formalmente em 2015. Já o Ministério da Saúde aponta oito casos da doença no estado.
A representante da Vigilância Epidemiológica de Feira de Santana, Maricélia Maia de Lima, confirmou que o caso de microcefalia da gestante de Amélica Rodrigues está sendo investigado em relação ao possível elo com o Zika Vírus. "Existe a suspeita, mas a gente não pode garantir, confirmar, se não temos um diagnóstico laboratorial. O que posso confirmar é que em Feira de Santana, não há nenhum registro oficial de microcefalia", disse, referindo-se ao fato de a paciente que deu à luz na cidade ser moradora do município vizinho.
Relação com zika vírus
O Ministério da Saúde informou que os casos de contaminação por zika vírus registrados no primeiro semestre são a "principal hipótese" para explicar o aumento da ocorrência de microcefalia no Nordeste. A relação entre o zika vírus e a microcefalia ganhou força porque o micro-organismo foi identificado em duas gestantes da Paraíba. Elas apresentaram sintomas da infecção durante a gravidez e carregam bebês com microcefalia confirmada.
Exames laboratoriais encontraram o vírus no líquido amniótico, que envolve o bebê na gestação. A Secretaria Estadual de Saúde da Bahia informou que está atenta à situação e realiza verificações regulares junto às maternidades, em virtude da incidência de zika vírus e apura se os casos estão relacionados com a respectiva doença.
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