Camaçari Notícias ouve a população sobre violência e insegurança na cidade

A cidade de Santana, no Amapá, alcançou um triste marco ao ser considerada a mais violenta do Brasil, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado no dia (18) de julho. O município lidera o ranking de mortes intencionais, que incluem homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, com uma alarmante taxa de 92,9 mortes violentas por 100 mil habitantes.

 

 

 

 

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Este índice reflete um aumento preocupante em comparação ao ano anterior, quando Santana já apresentava uma alta taxa de mortalidade violenta, com 49,4 mortes a cada 100 mil habitantes. O crescimento de 88% em um ano evidencia a escalada da violência na região.

O relatório, que compila dados oficiais das polícias e governos estaduais, coloca também a capital do estado, Macapá, entre as dez cidades mais violentas do país. Macapá, única capital a figurar no ranking, ocupa a nona posição, com 71,3 mortes violentas por 100 mil habitantes. Ambas as cidades fazem parte da região intermediária da capital amapaense, que também inclui os municípios de Itaubal, Mazagão, Laranjal do Jari e Vitória do Jari, consolidando essa área como a mais violenta do Brasil.

Embora o Amapá se destaque negativamente, a Bahia é o estado com maior número de cidades na lista das mais violentas, com seis municípios entre os dez primeiros. Camaçari, Jequié, Simões Filho, Feira de Santana, Juazeiro e Eunápolis compõem o quadro, indicando uma crise de segurança pública no estado.

Lista das 10 cidades mais violentas do Brasil:

1.    Santana (AP) – 92,9 homicídios por 100 mil habitantes
2.    Camaçari (BA) – 90,6
3.    Jequié (BA) – 84,4
4.    Sorriso (MT) – 77,7
5.    Simões Filho (BA) – 75,9
6.    Feira de Santana (BA) – 74,5
7.    Juazeiro (BA) – 74,4
8.    Maranguape (CE) – 74,2
9.    Macapá (AP) – 71,3
10.    Eunápolis (BA) – 70,4

Em resposta aos dados alarmantes, o Ministério da Justiça afirmou, em nota, que a segurança pública é uma prioridade do governo federal desde o início da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Através da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), o ministério tem articulado a rede de Departamentos de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPPs) para aumentar a capacidade de investigação e esclarecer crimes em âmbito nacional.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, defende a constitucionalização do Sistema Único de Segurança Pública, para que a União tenha mais poder de planejamento e coordenação das ações de segurança em todo o país, sem prejudicar a competência dos Estados e do Distrito Federal em legislar sobre o tema.

Esses dados expõem a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para combater a violência e promover a segurança das comunidades mais afetadas, especialmente nas regiões norte e nordeste do Brasil.

Por: Igor Santiago

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