Polícias desmantelam fábrica clandestina de cigarros no Rio e resgatam 22 paraguaios

Uma operação conjunta das polícias Federal e Civil, com apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), desmontou nesta segunda-feira (12) uma fábrica clandestina de cigarros em Vigário Geral, na Zona Norte do Rio de Janeiro. No local, 22 trabalhadores paraguaios foram resgatados em condições degradantes, caracterizadas pelas autoridades como trabalho análogo à escravidão.

Durante a ação, cinco brasileiros foram presos em flagrante, suspeitos de integrar o esquema de produção ilegal. Entre os investigados, está uma organização criminosa conhecida como máfia dos cigarros, supostamente liderada por um bicheiro foragido da Justiça e apontado como o principal articulador do esquema.

No interior do galpão onde funcionava a fábrica, os agentes encontraram maquinário industrial, insumos e grande quantidade de material para a fabricação de cigarros falsificados. A estrutura revelada indica que o grupo operava em larga escala. Todo o material foi apreendido e encaminhado à Receita Federal para perícia.

As investigações apontam que, além de explorar trabalhadores estrangeiros, a fábrica era usada para lavar dinheiro oriundo do jogo do bicho, aumentando os lucros da organização criminosa.

Inicialmente, as 26 pessoas encontradas no local foram tratadas como vítimas. No entanto, a apuração revelou que quatro brasileiros participavam ativamente da produção e organização do esquema. Eles foram autuados em flagrante por crimes como redução à condição análoga à de escravo, formação de quadrilha e contrabando.

Os 22 trabalhadores paraguaios resgatados foram levados à Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio, onde recebem assistência e suporte. As buscas continuam para localizar o suposto chefe da organização, que segue foragido.

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