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123 assassinatos em Camaçari no 1º Semestre de 2015

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123 assassinatos em Camaçari no 1º Semestre de 2015

Números apontam aumento de 14%

Por: Camaçari Notícias

O primeiro semestre de 2015 em Camaçari foi marcado por alto índice de violência contra a vida. Considerando os números fornecidos pelo Boletim Diário da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP), e as informações coletadas ao longo do semestre, 123 pessoas foram assassinadas em Camaçari. Em comparação ao mesmo período em 2014, que registrou 108 homicídios, o município apresentou um aumento de 14% no número de pessoas que tiveram suas vidas ceifadas pela violência.


Houve dias em que quatro pessoas foram assassinadas em curto espaço de tempo. A principal motivação para a maioria dos homicídios foi apresentada pela delegada titular da Delegacia de Homicídio em Camaçari, como sendo envolvimento com tráfico de drogas. “É bandido matando bandido”, disse Drª Maria Tereza. No entanto, apesar da maioria dos casos terem sido motivados pelo envolvimento com tráfico de drogas, conforme declarou a delegada, não é a totalidade.


Algumas pessoas morreram após serem baleadas em tentativa de assalto, e outras foram assassinadas por causa de questões familiares, como por exemplo, o caso do menino Carlos Henrique, de 7 anos, assassinado no início de janeiro, cujo principal suspeito é o padrasto. Outro caso envolvendo questões familiares está relacionado ao duplo homicídio de mãe e filho ciganos que, segundo informações policiais, foram mortos por conta de rixas entre grupos ciganos.


Diante do terror instalado em nosso município, onde os assassinatos, em sua maioria acontecem em plena luz do dia, a população se sente acuada. “Temos medo de saí de casa e sermos assaltados, ou acontecer coisa pior”, declarou uma moradora do bairro Camaçari de Dentro, localidade onde assaltos têm acontecido, frequentemente, e as principais vítimas, são alunos que estudam em escolas da região. “Vamos à escola em busca de um futuro melhor, e vem um bandido desses, que não pensa em outra coisa, a não ser roubar, e leva aquilo que a gente conquista com tanta dificuldade”, comentou um estudante vítima de assalto na porta do Colégio Gonçalo Muniz.


Homicídios, tentativas de homicídios, assaltos, arrombamentos, furtos e roubos de veículos, tem feito parte cada vez mais da rotina do camaçariense, que percebe a segurança pública do município mais e mais distante de sua realidade. “Não queremos polícia, só para investigar crimes, precisamos de segurança, para que não ocorram, pelo menos, não com tanta frequência, como tem acontecido em Camaçari”, comentou lojista que teve estabelecimento arrombado no Centro da cidade.

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