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Polícia
Por: Sites da Web
Antes de ser presa pela DHBF, suspendeu vendeu uma lancha, três táxis e pegou empréstimos
A Polícia Civil prendeu uma mulher suspeita de armar uma emboscada com a ajuda do amante para matar o próprio marido e ficar com um seguro de R$ 1,2 milhão. Após sete meses de investigação, Luciana Helena Almeida de Oliveira foi presa pela DHBF (Divisão de Homicídio da Baixada Fluminense), quando foi buscar o laudo do exame de DNA para conseguir a certidão de óbito de Carlos Alberto de Moraes Teixeira.
Luciana era casada com Carlos há mais de 20 anos. Ela teria planejado, junto com o amante, uma armadilha para o marido. A viúva chegou a fazer uma tatuagem em homenagem a Thiago Dias Carvalho, com quem tinha um caso. O suspeito está foragido, mas já teve a prisão temporária decretada. Para despistar a polícia, a suspeita, que está sendo chama de viúva negra, foi a uma delegacia em Nova Iguaçu e contou que ela e o marido tinha sido sequestrados em Curicica, Jacarepaguá, bairro onde o casal vivia e tinha uma distribuidora de pipas.
Luciana disse aos policiais que foi deixada pelos criminosos na Baixada Fluminense. Já o marido, teria sido levado refém pelos bandidos. O corpo de Carlos foi encontrado carbonizado dentro do próprio carro no bairro Miguel Couto, em Nova Iguaçu.
A versão contada pela suspeita não convenceu a polícia, que passou a seguir os passos de Luciana e descobriu que ela tinha um amante. Os investigados também descobriram sobre uma viagem a Campos do Jordão, onde os dois gastaram R$ 2.500 em apenas dois dias na pousada de luxo, com direito a decoração extra.
A polícia ainda constatou que em um período de três meses, Luciana teve seis celulares e conversou com o amante 2.100 vezes por telefone. No depoimento, a viúva contou que os supostos sequestradores jogaram o celular dela pela janela do carro. No entanto, o aparelho foi localizado intacto em um ralo próximo à casa da suspeita. A mentira aumentou a desconfiança dos parentes do empresário. De acordo com o irmão de Carlos, que preferiu não se identificar, a localização do celular intacto foi determinante para aumentar as desconfianças.
— Ela falou que pegaram o celular e jogaram pela janela do carro. Qualquer celular que a gente vê, hoje em dia, se jogar pela janela e bater no chão, ele estoura, quebra todo. O celular estava intacto.
A investigação também teve acesso a imagens de uma câmera de segurança que flagrou um dos suspeitos abandonando o celular no dia do crime. De acordo com o delegado Giniton Lages, titular da DHBF, o comportamento da mulher logo despertou a atenção dos investigadores.
— As reações dela sempre nos chocaram muito, nos surpreendia a forma como ela se apresentava face àquela ocorrência que trazia. Nós estamos falando de uma convivência de mais de 20 anos e uma mulher que não chora, que não sente o pesar e que ao relatar se preocupou em construir uma história que não se sustentou. Essas contradições e essas versões fantasiosas foram, além de outros indícios que nós coletamos, o que nos levaram à conclusão de que ela foi a mentora intelectual e executora desse plano.
Após o crime, a suspeita vendeu uma lancha, dois táxis, alugou um apartamento, anunciou a casa que Carlos tinha em Angra dos Reis e fez vários empréstimos bancários. Para os investigadores, o objetivo da mulher era receber o seguro que Carlos fez ao comprar um apartamento no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste, um mês antes do crime. O assassinato completa um ano na próxima semana. Luciana teve a prisão preventiva prorrogada pela Justiça.
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