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Polícia
Por: Sites da Web
O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro abriu inquérito para investigar um esquema de propina paga por donos de pastelarias e atravessadores a agentes do setor de imigração, controlado pela Polícia Federal, do Aeroporto Internacional Tom Jobim (o Galeão), na Ilha do Governador (zona norte).
O dinheiro serviria para liberar a entrada no país de chineses destinados a trabalhar em regimes exaustivos, de escravidão por dívida, em lanchonetes na região metropolitana do Rio. O aeroporto é o único no Estado que recebe voos internacionais.
O esquema foi descoberto pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE e reportado em documento ao Ministério Público Federal no dia 28 de julho, como o jornal O Estado de S. Paulo revelou no início de agosto.
O relatório do MTE detalha o funcionamento da suposta propina, delatada por uma pessoa que trabalhava com empresários chineses suspeitos de “importar” jovens de Guangdong, uma das mais pobres províncias chinesas. Esquema Para cada chinês liberado a entrar no Brasil seriam cobrados R$ 42 mil de propina.
Pelo acerto, o imigrante trabalharia de dois a três anos de graça para pagar as despesas de viagem e, segundo suspeitas do MTE, para quitar também o valor entregue pelos patrões aos agentes. O pagamento da propina, em espécie seria feito no aeroporto, fora da área de controle imigratório.
Um truque usado para encobrir o esquema é sumir com os passaportes dos chineses ou arrancar a página em que estaria o carimbo da Polícia Federal, identificando a data da entrada no País - o que permitiria identificar os funcionários da PF de plantão naquele dia.
Em um dos casos revelados pelo delator, o atraso de 20 minutos no pagamento da propina fez com que chineses que entrariam no País fossem deportados para a China. De acordo com o MTE, agências na China oferecem oportunidades de trabalho no Brasil.
O serviço é anunciado, dizem auditores, em placas espalhadas por Guangdond. Procurada no início de agosto, a Polícia Federal informou que policiais e funcionários administrativos terceirizados, contratados pela empresa Milênio, atuam na imigração.
Os últimos, no entanto, não têm autonomia de ação e estão sob supervisão dos agentes da PF. Em nota, a corporação afirmou que “todas as notícias de possíveis ilícitos administrativos ou penais que venham a mencionar servidores são apuradas pelos setores de controle interno” e destaca atuar na coerção à prática de trabalho escravo. A Milênio optou por não se pronunciar.
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