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<b>&#039;Tive medo de me culparem pela morte&#039;, diz padrinho de garoto</b>

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&#039;Tive medo de me culparem pela morte&#039;, diz padrinho de garoto

Por: Sites da Web

O cabeleireiro disse que se arrependeu de ter escondido o corpo do garoto e simular o desaparecimento (Foto: Juarez Soares)


O cabeleireiro Rafael Pinheiro de Jesus, padrinho de Marcos Vinícius de Carvalho dos Santos, de 2 anos, disse que se arrependeu de ter escondido o corpo do garoto e simular o desaparecimento dele na sexta-feira (14). Rafael foi hostilizado pela população na manhã de hoje (20) durante a saída da 12ª Delegacia (Itapuã). Ele foi conduzido para a sede da Polícia Civil, na Piedade, onde uma multidão também aguardava a chegada do rapaz.

Rafael se entregou à polícia na tarde desta quarta-feira (19), acompanhado por um advogado, e foi preso em flagrante por ocultação de cadáver. "Fiquei com medo de me culparem pela morte do menino, como está acontecendo agora. Estou arrependido", disse Rafael.

Ao descer do carro para entrar no prédio da Polícia Civil, algumas pessoas tentaram atacar o rapaz, mas foram impedidos pelos policiais que o conduziam. No local, a multidão voltou a chamar o padrinho do garoto de assassino. "Eu sou mãe de quatro filhos e tenho um neto. O que ele fez foi um absurdo. O menino não era meu parente, mas dói do mesmo jeito. Ele tem que pagar pelo que ele fez e queremos justiça", disse a frentista Josélia Santos, de 44 anos, que se juntou à manifestação.

Uma multidão aguardava a chegada do rapaz na sede da Polícia Civil, na Piedade (Foto: Juarez Soares)

Rafael disse que a criança morreu na noite de quinta-feira (13) e, no dia seguinte, foi a pé até o local onde ele abandonou o corpo. O garoto foi encontrado em avançado estado de decomposição em um areal próximo à Alameda Afrânio Coutinho, atrás do Tchê Caranguejo, em Itapuã.

Após o depoimento, o chefe do Serviço de Investigação (SI) da delegacia de Itapuã, Júlio Oliveira, contou que Rafael disse que enterrou o afilhado depois de ele passar mal com um mingau. “Ele disse que durante a noite deu um mingau e o menino passou mal. Ele se desesperou e enterrou o corpo, tudo isso na noite de quinta-feira”, disse Júlio. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da Polícia Civil.

“Depois (do relato), ele passou a colaborar, foi ele que mostrou onde estava o corpo”, disse o delegado titular da 12ª Delegacia, Antonio Carlos  Santos. Ontem à tarde, ele ouviu novamente a mãe de Marcos Vinícius, Fabiana Carvalho, 18 anos, e o pai biológico, cujo nome não foi divulgado. Rafael não tinha passagem pela polícia.

Durante o novo depoimento, Fabiana chorou e não quis falar com a imprensa. Ela foi à delegacia com uma camisa com a foto do filho e a inscrição “Desaparecido”, usada em uma manifestação no último domingo. Antes, ela tinha dito à polícia que havia deixado o filho com o padrinho há cerca de quatro meses, depois de ter conseguido um emprego como garçonete, no qual trabalhava à noite. Fabiana tinha conhecido Rafael apenas um mês antes de entregar Marcos Vinícius para morar com ele. Correio 24 horas*
 

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