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Polícia
Por: Sites da Web
Domingos José Lisboa, 59 anos, tinha acabado de fazer uma corrida e voltava para casa
(Foto: Amanda Palma)
O taxista Domingos José Lisboa, 59 anos, foi morto a tiros durante uma tentativa de assalto na tarde deste domingo (4), enquanto retornava para casa, em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador. Domingos estava em seu táxi, um Prisma branco, quando foi atingido por dois disparos. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu e morreu.
O crime aconteceu por volta das 17h, na entrada do bairro Urbis I. De acordo com moradores do bairro, Domingos voltava para casa, após o trabalho, para buscar a esposa e a neta e levá-las ao parque. Logo na entrada do bairro, ele reduziu a velocidade para passar por dois quebra-molas, quando foi abordado por dois homens armados.
Segundo o delegado Marcos Laranjeiras, titular da 20ª Delegacia, os bandidos anunciaram o assalto, mas o taxista acelerou o carro, no intuito de escapar da situação, e acabou sendo atingido por dois tiros no braço e ombro esquerdo. Ferido, Domingos perdeu o controle da direção e acabou batendo em outro carro que estava na rua. Os bandidos fugiram sem levar nada. “Foi uma tentativa de assalto. Eles queriam levar o carro da vítima, mas não conseguiram e acabaram fugindo por um terreno baldio que fica próximo ao local”, afirmou o delegado.
Ele foi socorrido por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para o Hospital Ouro Negro, mas não resistiu. Segundo vizinhos, Domingos teria sofrido um infarto durante o assalto, mas a informação não foi confirmada pelo delegado. “O que sabemos até o momento é que ele morreu em decorrência dos tiros, mas só o laudo é que pode confirmar isso”, disse Laranjeiras.
O corpo da vítima foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Salvador. O enterro está marcado para acontecer às 9h, nesta terça-feira (6), no Cemitério Municipal de Candeias. Segundo o delegado Marcos Laranjeiras, imagens de uma câmera da Prefeitura que está na rua onde aconteceu o assalto foram solicitadas para análise. O dono do carro que estava na rua e foi atingido pelo táxi já foi ouvido pela polícia. Uma outra testemunha também será ouvida. A família do taxista não quis falar com a reportagem. Ele deixa cinco filhos.
Vizinhos contam que Domingos sempre fazia corridas com moradores do bairro. “Ele sempre estava disponível para levar a gente em qualquer lugar. A gente ligava e ele ia. Era uma pessoa muito boa, muito calma”, contou o morador.
Rodoviária
Domingos não tinha vínculo com cooperativas e trabalhava em um ponto na rodoviária da cidade. Há cerca de seis anos ele fazia ponto na rodoviária da cidade. Os colegas de categoria lamentaram a morte de Domingos. Segundo eles, os assaltos contra taxistas são constantes.
“Era uma pessoa gente boa, amigo de todo mundo. Era um cidadão do bem que morreu por causa da violência”, disse o taxista Orêncio dos Santos Cardoso, 52 anos. Ele também já foi vítima da violência, há cerca de três anos e diz que tem medo da rotina. “Eles me pediram uma corrida, quando chegou em um bairro, mandaram eu descer, me deram uma coronhada na cabeça. Roubaram meu carro e ainda queimaram. Só consegui escapar porque saí correndo”, contou.
Já Reginaldo de Sena, 62 anos, conta que foi assaltado no mesmo bairro onde Domingos foi morto, há dois meses. O taxista conta que o homem pediram o táxi no ponto da rodoviária e quando logo na entrada do Urbis I, eles anunciaram o assalto. “A câmera daqui chegou a gravar, mas não conseguiram identificar quem era”, lamenta. Eles também reclamam da falta de segurança na rodoviária da cidade. “Antigamente tinha um posto da polícia aqui e eles tiraram. Agora ficamos aqui expostos”, reclama Reginaldo.
Os taxistas já sabem que em alguns bairros da cidade correm mais risco de serem assaltados, como os da periferia. “Já aconteceu comigo. Eles levaram o carro, mas graças a Deus não aconteceu nada comigo. Quando a gente dá sorte, fica vivo”, diz Eliezer Nascimento, 59.
Rota de fuga
Os moradores do Urbis I afirmam que os índices de roubo a carro e assaltos têm crescido na região. E a maior parte das ocorrências acontece logo na entrada do bairro, no mesmo local onde Domingos foi baleado. “Aqui só tem a mesma entrada e saída, não tem outras saídas para fugir. Então, eles abordam logo na entrada”, contou um morador.
Segundo o delegado Marcos Laranjeiras, o município de Candeias acaba se tornando alvo dos assaltantes por se localizar próximo a rodovias. A cidade fica próxima à BR-324 e é cortada pelas BA-522 e 523, onde fica localizado o bairro Urbis I. “Candeias acaba sendo uma rota de fuga para Dias D'Ávila, Camaçari e outros municípios próximos”, afirmou.
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