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Idoso foi morto pelo tráfico após suspeita de estuprar criança em Barra de Pojuca

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Idoso foi morto pelo tráfico após suspeita de estuprar criança em Barra de Pojuca

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Por: Pesquisa Web

Local em que o corpo do idoso foi encontrado (Bruno Wendel/CORREIO)

Onde a criminalidade domina, o tráfico tem a sua própria lei. Para quem vai de encontro, a depender da infração, a sentença é uma só: a morte. Foi o que aconteceu com o pedreiro José Almeida Borges, 65 anos, conhecido como Zé Prefeito, na madrugada desta terça-feira (26), em Barra de Pojuca, localidade de Camaçari.  O corpo dele foi encontrado com sinais de espancamento e vários tiros, após ter sido julgado no tribunal por suspeita de estuprar uma criança na comunidade das Malvinas. A informação é do Jornal Correio*

Quem é  acusado de violência sexual tem o mesmo tratamento de um rival, penalizado com requintes de crueldade. Segundo os moradores da comunidade, ele foi assassinado por integrantes da facção Bonde do Maluco (BDM), depois de ter sido flagrado com as mãos sobre o órgão genital de uma menina de sete anos. Depois de executado, o corpo foi deixado próximo a uma área de entulhos. Informações não confirmadas dão conta de que três envolvidos na morte do pedreiro já estão presos e outros ainda são caçados pela polícia.

De acordo com a Polícia Civil, o crime é investigado pela 33ª Delegacia Territorial de Monte Gordo. "Conforme informações iniciais, o idoso foi encontrado com marcas de disparos de arma de fogo e com marcas de agressões. Ainda não se sabe a autoria e motivação do crime. Familiares e vizinhos serão ouvidos para tentar esclarecer os fatos e ajudar a polícia chegar na autoria", diz nota da polícia.

Tribunal
Moradores contaram que Zé Prefeito foi flagrado molestando a criança deixada com ele pela mãe na tarde desta terça. Tomada pela raiva, a mãe tornou a situação pública, comentando com as pessoas o que teria havido na casa de Zé Prefeito, uma figura popular na comunidade das Malvinas. O fato não demorou de chegar ao conhecimento dos traficantes, que foram atrás do pedreiro.

Era por volta das 20h quando os traficantes chegaram à casa de Zé Prefeito - ele morava em uma avenida de casas, onde o acesso se dá por um beco. "Escutei uma gritaria, um agito que vinha lá da casa dele, mas não saí, pois não sabia o que estava acontecendo de fato. Depois houve um silêncio. Fui até lá e só vi a porta aberta com a chave na fechadura", contou uma vizinha. Um outro morador deu mais detalhes sobre o ocorrido. "Eles chamaram Zé Prefeito para conversar e na mesma hora fizeram o tribunal e levaram ele ainda vivo", contou. 

Instantes depois o moradores tomaram conhecimento que o corpo de Zé Prefeito estava num matagal, perto de uma área de entulhos, às margens da Linha Verde, em frente à entrada de Itacimirim. Eles acionaram a polícia. De acordo com a Polícia Militar (PM), equipes da 59ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) foram acionadas para averiguar denúncia de sequestro, mas nada foi encontrado.

"Por volta da 0h desta terça-feira, o CICOM (Centro Integrado de Comunicação da SSP) acionou novamente as guarnições da 59ª CIPM com informação de que parentes localizaram o corpo da vítima, na Estrada de Itacimirim. A veracidade da informação foi constatada no local", diz nota da PM. 

Popularidade
Zé Prefeito era conhecido por ser uma pessoa prestativa na região. "As pessoas procuravam ele para tudo e dificilmente dizia não. Estava sempre colado com a comunidade. Não era à toa que o apelido dele era Zé Prefeito, por causa da popularidade. Estamos surpresos com tudo isso. Pra a gente ele está uma pessoa legal, mas ninguém sabendo o que e fazia de fato".  

Uma mulher disse que não acredita que Zé Prefeito tenha cometido o crime sexual com a menina. "Pelo o que conhecia a vítima, jamais faria isso. Conheço ele há mais de 30 anos. Conhecia os filhos dele e ele convivia com os meus filhos e nunca presenciei e nunca me contaram algo do tipo", disse ela. 

Moradores relataram ainda que a vítima morava próxima à ex-mulher e aos filhos e netos, mas os parentes não foram localizados.

 

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