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Adolescente suspeito de matar funcionário de pousada de luxo na Bahia foi apreendido

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Adolescente suspeito de matar funcionário de pousada de luxo na Bahia foi apreendido

Adolescente, que negou envolvimento no crime, é apontado com autor do assassinato de Marcel Vieira.

Por: G1

Marcel Vieira, o Billy, funcionário do empresário achado morto em pousada de luxo na Bahia. Foto: reprodução/TV Bahia

O delegado Rafael Magalhães, responsável por investigar as mortes do empresário Leandro Troesch, e do funcionário dele, Marcel Vieira, o Billy, disse que um adolescente foi apreendido na quarta-feira (16), suspeito de envolvimento em um dos crimes.

De acordo com Rafael Magalhães, o adolescente, que se apresentou com o advogado dele, é apontado com o autor do assassinato de Marcel Vieira. No entanto, em depoimento, o suspeito negou que ele tenha atuado no crime.

A apresentação do adolescente foi feita na delegacia de Nazaré, porque ele não se sentia seguro em ser ouvido em Jaguaripe. Billy era tido como testemunha chave para a investigação da morte do empresário.

Na terça-feira, a polícia chegou a trocar tiros com um outro homem, que também é suspeito de participar do assassinato de Marcel.

A Polícia Civil tem duas linhas de investigação para o assassinato do funcionário de Leandro, que foi encontrado morto, despido e com marcas de tiros. A primeira é queima de arquivo e a outra é o envolvimento com o tráfico de drogas.

Outros suspeitos

O advogado de defesa de Maqueila Bastos, investigada por participar da morte do empresário Leandro Troesch, negou que ela tenha atuado no crime. Paulo Pires falou sobre o caso na quarta-feira (16).

O dono da pousada Paraíso Perdido, que fica em Jaguaripe, no baixo sul da Bahia, foi encontrado morto em fevereiro. Maqueila e a amiga, Shirley da Silva Figueiredo, que é esposa de Leandro, são consideradas foragidas da Justiça desde segunda-feira (14), quando a prisão temporária das duas foi decretada, durante as investigações. A defesa de Maqueila distorceu a informação, mas disse que ela irá se apresentar à polícia.

“Maqueila não se encontra foragida. Ela nunca foi procurada ou notificada pela autoridade policial, para se apresentar na cidade de Jaguaripe. Ela só veio tomar conhecimento disso pela imprensa. Quanto aos fatos, ela não tem qualquer participação. No dia do evento, que se tem noticiado, ela se encontrava no interior da Bahia, na casa da mãe", informou.

O advogado ainda disse que Maqueila vai se apresentar na delegacia assim que a autoridade policial marcar dia e horário.

"Estou em contato com o Dr. Rafael [delegado que investiga o caso], e nós vamos falar com ele para marcar dia e horário da apresentação dela. Repito: ela não tem nada a ver com os eventos, até porque quem se encontrava no dia do fato, junto com o empresário, foi a Shirley. Ela é quem deverá esclarecer como se deu o ocorrido”.

O delegado Rafael Magalhães reiterou que ela é considerada foragida e confirmou que a polícia e a defesa de Maqueila vão marcar um dia para ela se apresentar.

"Ela está sim, foragida, porque foi decretada a prisão dela e desde quando é decretada a prisão temporária, a pessoa encontra-se foragida. Ele me ligou hoje pela manhã e nós vamos marcar um dia para ele apresentar ela. Quando ele apresentar ela, aí sim ela deixará de ser foragida. Quanto ao fato dela ter ou não participação, isso a gente só vai saber esclarecer os fatos", contou do delegado.

O advogado da investigada falou também que ela e a vítima tinham uma relação amigável, e que ele teria confessado problemas psicológicos.

"Ela sempre teve um bom relacionamento com o Leonardo [Leandro], quanto à Shirley, com a qual fez amizade com o tempo quando esteve presa no presídio feminino de Salvador. Após esse fato, ela eventualmente foi à pousada, mas tinha boa amizade. Tanto que, o Leonardo [Leandro] mandou um áudio para ela, uma gravação de áudio que nós temos, em que ele fala muito bem dela, diz que não tem nada contra ela. Um áudio amigável. Neste áudio, inclusive, ele fala que está sob tratamento psiquiátrico, em razão pela qual – naquele momento – ele não queria mais alguém na pousada, visitando ou indo, porque ele estava fragilizado", disse o advogado Paulo Pires.

O delegado Rafael disse que recebe essas informações com estranheza. O suposto áudio deverá ser analisado pela polícia.

"Me estranha ele falar que ela era muito amiga de Leandro, pois os fatos que eu tenho e os depoimentos é de que a amiga dela era Shirley e que Leandro não admitia essa amizade. Esses são os fatos que eu tenho a partir dos depoimentos”.

Casos

Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, foi encontrado sem vida dentro de um dos quartos do estabelecimento, com marca de tiro na cabeça, em 25 de fevereiro deste ano. O empresário já havia sido preso e condenado a 14 anos de prisão por crimes de sequestro e extorsão cometido em 2001. Em 2022, ele estava em prisão domiciliar na pousada.

A viúva, Shirley da Silva Figueiredo, disse à polícia que estava no banheiro e somente ouviu o barulho do tiro. Dias depois da morte de Leandro, já no início de março, Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy, que era o "braço direito" do empresário, foi assassinado a tiros e tinha marca de golpes de faca no corpo.

Ele era uma testemunha fundamental na investigação. Marcel, que tinha envolvimento com drogas, foi morto no dia 6 de março, às vésperas de ser ouvido pela polícia, no distrito de Camassandi, que também fica em Jaguaripe.

O homem, que era funcionário de confiança de Leandro, prestou depoimento logo após a morte do empresário, mas seria ouvido, mais uma vez, um dia depois de ser assassinado.

Até o momento, o crime tem sido cercado de mistérios. O delegado responsável pelas investigações, Rafael Magalhães, afirmou que o cofre da pousada foi esvaziado e que o local do crime foi alterado, após a morte do empresário Leandro Troesch.

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