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Polícia
Por: Sites da Web
Falsa médica (à esq.) usava nome e o registro de outra profissional (à dir.)
Funcionários que trabalharam com a falsa médica que atendia no pronto-atendimento de Alumínio (SP) ficaram surpresos com a revelação de que ela usava o nome e o registro de outra profissional. A mulher, que atendia pelo nome de Cibele Lemos, fazia plantões no setor de urgência e emergência há um mês. A empresa terceirizada responsável pela contratação afirmou que a falsa médica também trabalhava em unidades de saúde de Mairinque (SP) e São Roque (SP).
“Foi uma bomba para todo mundo quando soubemos. Aí a gente começa a relembrar as ações dela: ‘Foi por isso que naquela situação ela teve aquela conduta. Também teve aquela consulta em que ela não se manifestou e fugiu da responsabilidade’. Agora a gente começa a pensar e tudo faz sentido", diz a enfermeira Franciele Domingues.
A fraude foi descoberta depois que a mulher abandonou o plantão no último sábado (11) sem avisar a equipe. Indignado, o diretor de Saúde do município, Paulo Pimenta, decidiu comunicar o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), mas, ao consultar o número do registro profissional no site do órgão, viu que o nome estava correto, mas a foto não correspondia à mulher que trabalhava no local.
"Verificamos que a foto do Cremesp não era a mesma da pessoa que estava lá, foi quando levantamos a suspeita. Nós acionamos a empresa [que contratou a suspeita] para averiguar o que estava acontecendo e para levantar se a profissional que consta no Conselho é a mesma pessoa que estava dentro do pronto-atendimento", relata Pimenta.
Pacientes preocupados
De acordo com o diretor do pronto-atendimento de Alumínio, Rafael Lelis de Andrade, os prontuários dos pacientes atendidos pela falsa médica foram analisados, mas nenhuma divergência foi encontrada. "Nos plantões que ela deu, não houve grandes emergências, apenas atendimentos de baixa complexidade. Foram consultas de rotina, tanto de adultos quanto de idosos, algumas de pediatria, mas nada fora do padrão", afirma Andrade.
Os moradores que foram atendidos pela mulher estão assustados. A professora Rose de Campos levou a mãe ao local para uma consulta de retorno, e se diz insegura com a situação. "Isso é muito sério. Eu trago minha mãe, de quase 82 anos, e quero ter certeza absoluta de que são profissionais, formados, experientes, conscientes, que estão prontos para cuidar da vida, e não para colocar a vida do ser humano em risco", diz Rose.
Contratação será revista
Segundo o advogado da empresa responsável pela contratação, Marcio Ferrari, a mulher apresentou o registro médico. Porém, na época, a foto do profissional não era exigida no site do Cremesp, e, portanto, não foi possível confirmar a identidade. A empresa ainda admitiu ter contratado a suspeita mesmo sem a apresentação do diploma, mas deve rever o procedimento. "Nós vamos levantar a relação de documentos e pedir indicação dos profissionais que vierem. Vamos precisar de referências para que eles possam atuar", explica Ferrari.
Segundo o diretor do pronto-atendimento, a polícia foi chamada para deter a falsa médica, mas se recusou a comparecer à unidade. A mulher disse que buscaria documentos em casa e aproveitou para fugir. A PM informou que o atendente do 190 avaliou que se tratava de um caso administrativo e, por isso, nenhuma equipe foi enviada. A conduta do profissional está sendo apurada. G1.
A mulher ainda não foi localizada.
Pacientes que foram atendidos pela mulher estão preocupados.
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