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Música pode despertar 'orgasmo da pele', dizem pesquisadores

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Música pode despertar 'orgasmo da pele', dizem pesquisadores

Por: Camaçari Notícias

Já sentiu um forte arrepio na pele ao ouvir uma música emocionante? Você pode, sem saber, ter experimentado um "orgasmo da pele". De acordo com uma reportagem da "BBC", a sensação de algumas pessoas ao ouvir certas músicas pode ser tão forte que, ao ser descrita, gera comparações com o sexo.

 

"A experiência estética pode ser tão intensa que você não consegue fazer mais nada", define a professora da Universidade Wesleyan Psyche Loui. Pianista e violinista, Loui tornou-se pesquisadora em psicologia e neurociência para investigar o fenômeno, que ela costuma experimentar.

 

"Eu estava no dormitório do meu amigo no terceiro ano da faculdade. O Piano Concerto No. 2 de Rachmaninov começou a tocar e eu fui instantaneamente cativada. Existem essas reviravoltas leves, melódicas e harmônicas na segunda parte que sempre me pegam!", descreve a pesquisadora, que diz sentir arrepios na espinha, um frio na barriga e o coração acelerar sempre que a composição toca.

Segundo a pesquisa de Loui e seu aluno, Luke Harrison, as sensações do chamado "orgasmo da pele" podem ir muito além do arrepio. Tremedeiras, suor, rubores e excitação sexual são alguns dos efeitos sentidos por pessoas ao ouvirem suas músicas favoritas. Para evitar as conotações da expressão "orgasmo da pele", os pesquisadores defendem a utilização da palavra "frisson" para descrever o fenômeno. Mesmo assim, eles admitem que a comparação também acontece em outras culturas. No norte da Índia e entre os sufis paquistaneses, por exemplo, há uma longa discussão sobre a dimensão erótica da música que é ouvida atentamente.

 

Os cientistas ainda tentam descobrir por que exatamente o "frisson" acontece, mas a forma como o nosso cérebro monitora expectativas parece oferecer explicações. Segundo Loui, desde o momento em que nascemos nós aprendemos regras de composições de música. Se uma canção segue os padrões à risca, ela não consegue captar a nossa atenção; se quebra todas as expectativas, é vista como mero barulho. A "mágica" aconteceria entre as composições que mexem com as fronteiras do familiar e do desconhecido. Quando recursos inesperados são usados, a música seria capaz de "excitar" o nosso cérebro, gerando o "orgasmo".

 

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