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'Tinder do relacionamento sério', kickoff recebe us$ 1,6 milhão em inv
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Por: Camaçari Notícias
Já estava tudo certo para o lançamento do Kickoff. O americano Clay Spencer enxergava no Brasil um ótimo mercado inaugurar seu aplicativo de paquera. Afinal, embora o gigante Tinder fizesse muito sucesso nos Estados Unidos, ainda era pouco relevante entre os brasileiros.
Era 2013 quando ele, que trabalhava em um fundo de investimentos, buscou um amigo engenheiro para construir o aplicativo nas horas vagas. Foi bem mais complicado do que imaginava. Só depois de seis meses, o Kickoff ficou pronto. Na hora de lançar, um problema: de repende, o Tinder havia dominado o Brasil. Estava na hora de se reinventar.
A chave para encontrar um diferencial acabou vindo do próprio Tinder. À medida que o aplicativo viralizou, a qualidade da experiência caiu, na avaliação de Spencer. Ele resolveu então que os perfis deveriam ser filtrados no Kickoff. Não por algum tipo de formulário com preferências físicas — mas da mesma forma como as pessoas são apresentadas uma às outras. Amigos de amigos. “Pensamos em replicar a experiência da vida real”, afirmou Clay Spencer, em visita ao Brasil na última semana.
Diferentemente de outras ferramentas, o Kickoff mostraria um número limitado de perfis por dia para cada usuário, sempre se baseando na lista de contatos de seus amigos no Facebook. O foco não seria a quantidade, mas a qualidade dos pretendentes. A ferramenta foi lançada em dezembro de 2014, em São Paulo, mirando apenas interessados em relacionamentos sérios. O formato deu certo. Agora, o Kickoff já opera em oito cidades brasileiras e conta com 300 mil usuários.
A startup acaba de receber US$ 1,6 milhão em investimentos do fundo de venture capital nacional Monashees, além de investidores-anjo estrangeiros. Com o aporte, o sócio da Monashees responsável pela transação, Carlo Dapuzzo, une-se ao conselho da empresa. A intenção é usar o dinheiro para expandir o negócio. Hoje, o aplicativo opera (enxuto) com cinco funcionários — três em Nova York e dois em São Paulo. Clay Spencer quer usar o investimento para contratar desenvolvedores brasileiros e sanar problemas técnicos, que ainda são o ponto negativo do app. A empresa já está recebendo currículos.
Nos últimos oito meses, foram 1,5 milhão de matches e mais de 15 milhões de mensagens trocadas. “Temos registrado um crescimento explosivo”, disse Alanna Phelan, COO e cofundadora do Kickoff, em entrevista por telefone em maio. E já há planos de expandir para outros países. Por enquanto, a empresa vai se concentrar na América Latina. Para Clay, que fez MBA em Stanford — universidade que mais reflete o espírito do Vale do Silício —, os empreendedores daquela região miram demais o mercado local, quando há muitos outros lugares a serem explorados. Ou seja, mercados maiores, como os Estados Unidos, não devem receber a ferramenta tão cedo.
Vida real
O Kickoff já coleciona histórias de amor bem-sucedidas. Uma delas é a da capixaba Suzana Aguiar, de 30 anos, analista de marketing. Ela teve seu primeiro contato com o Kickoff em fevereiro deste ano. Como o aplicativo ainda não havia sido lançado em Vitória (ES), ela visualizava perfis de outras cidades. Logo na primeira vez em que usou o app, ela encontrou o paulistano Luiz Carlos de Almeida, 33 anos. A distância não foi um problema para eles. "Você vê que o perfil das pessoas é diferente [no Kickoff], são mais sérias", diz Suzana. O relacionamento engatou e os dois já têm planos para se casar até junho de 2016.
A ideia é levar as conversas que acontecem no Kickoff para o mundo real. "Não queremos ser um aplicativo para relacionamentos, mas uma ferramenta em que você conhece outras pessoas", diz o fundador Clay Spencer. Para reforçar a estratégia de servir apenas como um meio para o mundo real, o Kickoff promove festas nas capitais em que opera. "Fazer as festas mostra que não somos só uma empresa de tecnologia." E na visão de Spencer, no próximos anos, os relacionamentos que começam na internet só devem crescer. "Já estamos neste caminho. Acho que a maioria vai começar online, por aplicativos. E a razão para isso são números: você não consegue chegar a tanta gente pessoalmente. Meu app pode apresentá-lo a centenas de pessoas. É mais provável que você conheça alguém de quem realmente goste no app."
No dia em que conversou com Época NEGÓCIOS, o empresário tinha seu primeiro encontro com uma moça que conheceu, veja só, pelo Kickoff. "A ironia de comandar um app de namoro é que você não tem muito tempo para namorar." A julgar pelo crescimento acelerado da ferramenta, Clay Spencer continuará tendo pouco tempo para encontros.
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