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Tecnologia
Por: Sites da Web
A descoberta um par de estrelas "siamesas" foi possível graças a um astrônomo brasileiro, que teveacesso ao maior telescópio do mundo, segundo uma divulgação do Observatório Europeu do Sul (ESO).
De acordo com a nota da instituição, as estrelas estão em órbita, uma em torno da outra, a uma distância tão próxima que suas superfícies chegam a se tocar.
Leonardo Almeida, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP relatou sua descoberta em um estudo publicado nessa quarta-feira (21/10).
As estrelas do par identificado por Almeida são grandes, cada uma delas com massa cerca 29 vezes maior que nosso Sol. Ambas giram em torno uma da outra muito rapidamente, com ciclo de um pouco mais de um dia.
A distância entre os centros das estrelas é de 12 milhões de quilômetros e sua temperatura é de 40.000 °C, bastante quente em termos astrofísicos.
O cientista relatou que um dos aspectos curiosos sobre o sistema binário que ele descreve é que suas estrelas têm tamanho muito similar.
Em sistemas binários nos quais uma estrela é maior que a outra, a grande acaba sugando matéria da pequena, até que se esgote. Ocorre então uma fusão, criando uma estrela maior.
Essa diferença pode ser crucial para as previsões sobre o que deve acontecer no futuro com as estrelas, que hoje compartilham 30% de seu volume.
Neste caso, porém, pode ter um destino diferente. É possível que o sistema também venha a se fundir em uma única estrela gigante, mas outra opção seria a de as duas estrelas se estagnarem nesse estado de fusão.
Ainda sem nome informal, o sistema identificado pela sigla VFTS352 é de um tipo extremamente raro. Astrônomos só conhecem outros três desse tipo, no qual uma estela "beija" a outra enquanto ambas rodopiam. Aquele descoberto agora, porém, é o mais maciço conhecido.
As propriedades de VFTS352 foram investigadas com o VLT (Very Large Telescope), de Cerro Paranal, no Chile. O acesso ao instrumento foi possível porque entre o grupo possui um autor da Bélgica, que é país membro do ESO (Observatório Europeu do Sul), dono da instalação.
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