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Com talento e problemas extra-campo, Adriano Imperador completa 34 anos

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Com talento e problemas extra-campo, Adriano Imperador completa 34 anos

Por: Sites da Web

Um jornalista italiano foi pego com a amante pela sua mulher, que o deixou e pediu o divórcio. Ele foi até uma revista do país, em Roma, para pedir trabalho. A resposta foi meio estranha: "Nós te damos uma passagem para o Rio de Janeiro e você vai atrás de Adriano. Se você o encontrar, ganhará a capa e nós te pagamos".


Alguns dias antes, o atacante havia fugido da Roma, clube que o comprou seis anos depois de sua melhor temporada, depois de passagens pouco brilhantes em outros três clubes, já tendo voltado duas vezes ao Brasil para ver se, em seu país, se sentia mais cômodo.

Quinze dias depois, sentado em frente a um barril de cerveja e com uma barriga que não lhe permitia ver os seus próprios pés, o jornalista viu Adriano, perto de um campinho em uma favela. Voltou à redação e disse que não sabia nada sobre ele e que, inclusive, alguns diziam que ele estava dando voltas em Nova Iorque. Os paparazzis já tinham feito muito mal e, a essa altura, o cronista sabia que todos convivem com fantasmas e erros.


"Eu não sou viciado em álcool. É que eu me sentia triste e solitário, sem vontade de sorrir", disse, depois de todas as perguntas sobre o porquê de ter arruinado a sua vida. Esses sempre foram os pensamentos de 2006 em diante, sobre aquele gigante capaz de mover um corpo de cem quilos com a destreza de um bailarino, dono de um foguete na perna esquerda, campeão do Campeonato Italiano e da Copa da Itália em diversas ocasiões. Que em 2009 recuperou o seu nível, ganhou o Brasileirão com o Flamengo, voltou à Inter e foi artilheiro da Série A, mas brigou com Mourinho, que o tirou do plantel porque não gostava de suas atitudes e de suas frequentes aparições em revistas de fofocas em festas com várias mulheres.


Mourinho foi duro com ele: "Não tem conserto". Nesse dia, Adriano chamou sua mãe e disse algo que a desesperou: "Ninguém sabe o que eu estou passando. Ninguém está dentro de mim. Tenho vontade de me matar". Mas aquela história que deixou o treinador como uma má pessoa teve um contraponto em uma entrevista dada pelo próprio jogador algum tempo depois: "Aprendi muito com ele. Sempre me chamou e se preocupou comigo, mesmo depois de minha etapa na Inter ter terminado. Ele foi a razão de eu ter voltado para a Itália depois de estar bem no São Paulo".


A melhor temporada do atacante, envolvido em conflitos policiais, foi em 2004, na Internazionale: 28 gols em 42 partidas, além de ser o goleador da Copa América pela Seleção Brasileira, marcando o gol que, no último minuto, garantiu o empate contra o Argentina, antes da vitória nos pênaltis na final.


No ano seguinte foi o destaque da Copa das Confederações, onde também foi artilheiro. E até no Mundial de 2006 chegou a marcar dois gols. Mas, depois quase tudo foi abaixo por conta de suas questões pessoais, onde incluía um problema com o seu peso, abuso de álcool e amizades complexas.


Houve, no meio disso, rastros de sua genialidade, como no São Paulo, Flamengo e na Inter, até 2009. Depois disso, a história praticamente terminou. Na Roma, as coisas não foram nada boas. No Corinthians, tirando alguns momentos, foi ainda pior. E a passagem mais dura foi no Atlético Paranaense, em 2014, que terminou depois de sua dispensa. Chegou ao clube pesando 115 quilos e ficou apenas dois meses. Depois, acabou, até as últimas semanas, quando anunciou que jogaria em uma liga menor nos Estados Unidos.


Porém, sem dúvidas, os maiores problemas que Adriano precisou passar foram os dedos apontados em sua direção. Pelé chegou a dizer: "é um mal exemplo para a sociedade e para as crianças". Quem o defendeu foi o seu amigo Ronaldo, também criticado por ser gordo e "baladeiro": "tristes são aqueles que falam de Adriano".

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