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A história do apelido do Palmeiras

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A história do apelido do Palmeiras

A história do apelido do Palmeiras

Por: Camaçari Notícias

A história do apelido do Palmeiras

Você já se perguntou por que o Palmeiras é chamado de porco ? Ou qual é a origem de seu mascote, o Gobatto? O apelido não surgiu de forma muito carinhosa, mas o time e os torcedores viraram o jogo e adotaram esse nome, tanto que nos jogos de hoje, é comum ver vários fanáticos na arquibancada e nas ruas usando máscaras do animal. A história aconteceu 50 anos atrás, à sombra de uma grande tragédia do futebol...

 

Uma tragédia no Corinthians

No dia 28 de abril de 1969 ocorreu uma das maiores tragédias que o Corinthians já viveu. Eduardo, de 25 anos, e Lidu, de 22, tinham ido a um restaurante após um jogo contra São Bento pelo Campeonato Paulista, mas na volta para casa, os rapazes sofreram um terrível acidente que lhes custou a vida. 

Cinco dias depois do infortúnio, os representantes dos 14 times que participavam do Campeonato Paulista, fizeram uma reunião por causa de um pedido do Corinthians: autorização para inscrever, fora do prazo, dois jogadores nas vagas dos falecidos. Se fez uma votação onde os 14 times deveriam estar a favor para prosseguir, mas a reunião terminou abruptamente quando José Gimenez Lopes, representante do Palmeiras, que era o quinto a votar, negou a petição.

O Corinthians teve que se conformar e jogar com dois jogadores a menos, mas a tensão era palpável. O então presidente do time, Wadih Helu, disse que o Palmeiras tinha "espírito de porco”, e o termo foi usado pelos corintianos para ofender a torcida dos rivais até 1980. 

Palmeiras adota o porco

O time foi chamado de porco de forma pejorativa durante 17 anos, mas o diretor de marketing João Roberto Gobbato teve a grande ideia de adotar o apelido. Ele decidiu isso com a ajuda da socióloga Silvia Calegari, que afirmava que assumir o nome era a melhor forma de se livrar do insulto. 

Para Gobbato não foi nada fácil cumprir seu objetivo, não era algo fácil de se assimilar para os diretores do time. Em 1986 desistiu das autoridades e se dirigiu às torcidas organizadas. Em um jogo contra o Santos, os torcedores usaram o grito “porco”, e em outra disputa, desta vez contra o São Paulo, os líderes das torcidas organizadas desfilaram com o animal nas mãos.  

Foi assim que, oito dias depois, o jogador Jorginho posava para a revista Placar com o bichinho nas mãos e com uma manchete que dizia “O Palmeiras quebra um tabu: da-lhe porco!”.

O porco e o periquito

Nos dias atuais o Palmeiras tem dois mascotes, o porco e o periquito. O último é usado pelo time desde 1917, graças a sua vestimenta verde, e também porque existiam muitas dessas aves no Parque Antarctica. O periquito é uma ave típica da Mata Atlântica, reforçando o lema “que sabe ser brasileiro”, trecho do hino do clube. Já o porco recebeu o nome de Gobbato, em homenagem ao homem que fez todo o possível para transformar uma ofensa em um motivo de orgulho.  

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