Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Notícias

/

Meio Ambiente

/

Desmatamento na Mata Atlântica da Bahia tem queda de 43% em 2023

Meio Ambiente

Desmatamento na Mata Atlântica da Bahia tem queda de 43% em 2023

Dados se referem aos cinco primeiros meses do ano.

Por: Camaçari Notícias

(Foto: Almir Bindilatti/Divulgação)

O boletim mais recente do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica, divulgado nesta quinta-feira (27), foi registrado um impressionante declínio de 43% no desmatamento na Bahia durante os primeiros cinco meses de 2023. Os dados, obtidos através da plataforma MapBiomas Alerta, evidencia que a área desflorestada entre janeiro e maio deste ano foi de 7.088 hectares, em comparação com os 12.166 hectares registrados no mesmo período de 2022 em todo o país.

Embora a Bahia continue em segundo lugar em desmatamento, é importante ressaltar que a queda é significativa, conforme apontado no boletim. Minas Gerais ocupa a posição de maior desmatamento no país, mas também experimentou uma redução de 47%. O estado com a maior queda no desmatamento foi o Paraná, com uma redução de 54%.

O SAD Mata Atlântica é fruto de uma colaboração entre a Fundação SOS Mata Atlântica, a Arcplan e o MapBiomas, com o apoio do Bradesco e da Fundação Hempel.

Quanto à quantidade de alertas de desmatamento no período, houve uma redução de apenas 14%, passando de 2.507 em 2022 para 2.156 neste ano. Marcos Rosa, coordenador técnico do MapBiomas, interpreta esse contraste como um reflexo de uma mudança no perfil do desmatamento na Mata Atlântica. Ele observa que a devastação em áreas menores que três hectares praticamente não sofreram redução, enquanto nas maiores, especialmente aquelas acima de 15 hectares, houve uma diminuição significativa no desmatamento. Essa tendência pode estar diretamente relacionada ao aumento da fiscalização realizada pelos estados, à mudança de postura no governo federal e no IBAMA, bem como às restrições de crédito financeiro para propriedades com licenciamentos não autorizados.

O diretor-executivo da Fundação SOS Mata Atlântica, Luís Fernando Guedes Pinto, comemora os resultados obtidos, mas faz uma ressalva importante. Ele observa que os dados compilados contabilizam apenas os limites do bioma alcançado pelo IBGE, excluídos as derrubadas que ocorrem nos encraves de Mata Atlântica no Cerrado. Essa é uma região que, segundo análises do INPE no DETER Cerrado, vem apresentando um aumento preocupante no desmatamento. Ainda que essa área não faça parte da região observada pelo SAD Mata Atlântica neste período, ela é protegida pela Lei da Mata Atlântica e requer ações assertivas para sua conservação.

Siga o CN1 no Google Notícias e tenha acesso aos destaques do dia. 

Tópicos relacionados

Relacionados