Desmatamento na Amazônia registra queda de 7,4% em um ano, mas Cerrado sofre perda recorde de vegetação

Dados sobre desmatamento foram divulgados. Crédito: TV Brasil

Os dados mostram uma tendência de queda no desmatamento da Amazônia, com uma redução de 7,4% no período de agosto de 2022 a julho de 2023, em comparação com o período anterior de 2021 a 2022. Enquanto no biênio anterior foram desmatados 8.590 km², no período mais recente foram desmatados 7.592 km². Especificamente no primeiro semestre de 2023, houve uma queda significativa de 42,5% no desmatamento em comparação com o mesmo período de 2022.

Por outro lado, a destruição do Cerrado aumentou e bateu recorde histórico. No período de agosto de 2022 a julho de 2023, a destruição desse bioma atingiu 6.359 km², representando um aumento de 16,5% em relação ao período anterior (2021-2022). Já no primeiro semestre de 2023, o aumento foi de 21,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Esses dados foram obtidos a partir do sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que funciona como uma prévia das verificações oficiais de registro, reveladas pelo sistema Prodes, também do Inpe, que é mais preciso, embora, em geral, aponte para dados mais altos do que os revelados pelo Deter.

Enquanto o desmatamento na Amazônia apresentou uma tendência de queda, o Cerrado enfrenta desafios para conter a destruição, especialmente porque parte do desmatamento ocorre em áreas autorizadas, o que dificulta a atuação dos órgãos de controle. O governo tem planos para frear o desmatamento no Cerrado, envolvendo o embargo de áreas desmatadas ilegalmente, aumento da fiscalização, integração de bases de dados dos Estados e incentivos controlados a produtores que estejam em conformidade com o Cadastro Ambiental Rural.

É importante ressaltar que o desmatamento na Amazônia e no Cerrado são questões complexas e voltadas para a biodiversidade, o clima e a sustentabilidade ambiental do Brasil e do mundo.

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