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Por Pesquisa Web
Líder mundial na produção de cimento e outros materiais de construção, a LafargeHolcim está iniciando processo de saída do Brasil com a venda de suas operações locais, que somam 10 unidades industriais, além de centros de distribuição, terminais de mistura e algumas unidades de mineração. A informação é do Valor Investe*
O grupo franco-suíço contratou o banco Itaú BBA, além de outros assessores financeiros, para auxiliá-lo na busca de compradores para os ativos que atuam no país e também do exterior, apurou o Valor com fontes do setor.
Atualmente, com cinco fábricas integradas e cinco unidades de moagens de cimento, a LafargeHolcim tem capacidade de produzir em torno de 10 milhões de toneladas por ano. A empresa detém a terceira posição no mercado brasileiro, atrás de Votorantim Cimentos e InterCement.
O desinvestimento, que será integral, pode ser um processo demorado, pois terá de passar pelo crivo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) devido a possível concentração de mercado. Se for um grupo entrante no país, não haverá dificuldade de aprovação. Caso seja alguém local, o órgão antitruste poderá impor uma série de “remédios”, como a venda de ativos.
A LafargeHolcim poderá também se decidir pela venda dos ativos em blocos regionais — a empresa está presente no Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. A preferência, no entanto, segundo fontes disseram ao Valor, é por se desfazer do conjunto das operações que opera no país.
Há exatamente sete anos, a francesa Lafarge e a suíça Holcim, duas gigantes líderes do setor de materiais de construção, decidiram fazer uma fusão de seus ativos no mundo. A operação obrigou as duas empresas a venderem um pacote de ativos em vários países, inclusive Brasil, para obter a aprovação dos órgãos antitruste, em especial da União Europeia.
Com sua decisão — que já foi comunicada aos funcionários —, a LafargeHolcim torná-se a segunda cimenteira a deixar o país em menos de um ano.
No fim de 2020, o grupo irlandês CRH vendeu suas operações à Companhia Nacional de Cimento, controlada pela italiana Buzzi e pelo grupo brasileiro Brennand. O curioso é que a CRH havia adquirido, em 2015, as operações que Lafarge e Holcim tiveram de vender no processo de fusão.
Segundo disseram fontes ao Valor, o momento é bom para se desfazer dos ativos no país, pois o mercado local, após quatro anos de penúria, iniciou um processo de recuperação do consumo em 2019 — cresceu 3,5% naquele ano, 11% no ano passado e a expectativa é positiva para 2021 (estima-se entre 2% e 6% de alta). Nesse cenário, a avaliação é que os ativos locais estão mais valorizados.
A LafargeHolcim está presente com unidades industriais nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Paraíba e Goiás. A empresa atua no mercado com as marcas Mauá e Montes Claros (varejo) e Holcim (grandes clientes) e atualmente emprega cerca de 1,4 mil pessoas.
Procurada, a empresa informou por meio da assessoria que não comenta o assunto. O Itau BBA não comentou.
O Valor apurou que a decisão de venda foi tomada pela matriz do grupo, localizada em Zurique, na Suíça, dentro de uma estratégia de se concentrar em países de moeda forte e onde possa ter uma maior rentabilidade de suas operações. O que não se vislumbra para o Brasil.
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