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Polícia
Polícia investiga ex-BBB por envolvimento em esquema criminoso que movimentou R$ 2,5 bilhões.
Por: Camaçari Notícias
A advogada também representa Deolane Bezerra, que está presa por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro. (Foto: Reprodução/Instagram)
A advogada Adélia Soares, que defende a influenciadora Deolane Bezerra, se manifestou pela primeira vez em suas redes sociais após ser indiciada pela polícia por um esquema criminoso de cerca de R$ 2,5 bilhões. As informações são do CNN Brasil*
A ex-BBB afirmou que sempre atuou de forma correta e lícita, dentro do que exige a legislação, com muita seriedade e credibilidade.
“Jamais eu arriscaria 22 anos de muito trabalho por algo que não fosse lícito”, afirmou em uma publicação na noite desta segunda-feira (16). A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou Adélia pelos crimes de falsidade ideológica e associação criminosa.
Segundo a investigação da Delegacia do Lago Norte de Brasília, ela teria aberto uma empresa para lavar dinheiro de jogos de apostas e se associado a chineses para enviar quantias volumosas de dinheiro para o exterior.
Adélia afirmou que está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos, enviar documentos e até abrir contas bancárias pessoais. “Não existe qualquer tipo de ilicitude em relação a essa situação”, ressaltou.
A advogada também representa Deolane Bezerra, que está presa por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais que teria movimentado R$ 2,2 bilhões.
Segundo a polícia, o esquema no qual Adélia estaria envolvida não tem ligação direta com o caso de Deolane.
“Um caso não tem a menor relação com o outro caso, quero deixar isso pontuado aqui”, reforçou no post.
A influenciadora ainda disse que tudo será esclarecido dentro do processo e que confia na Justiça e no Ministério Público.
“Eu sigo trabalhando. É o que eu falo, golpista não acorda às 5h da manhã. Eu estudo e continuo estudando muito. Quem me conhece sabe o quanto eu trabalho”, completou.
Adélia ficou famosa após participar da edição de 2016 do Big Brother Brasil. Atualmente, a advogada acumula 2,2 milhões de seguidores nas redes sociais e costuma fazer a defesa de diversos influenciadores.
Esquema ilegal
A análise da Polícia Civil pelas movimentações financeiras da principal empresa investigada é de que o esquema tenha movimentado cerca de R$ 2,5 bilhões, sem anuência do Banco Central.
A polícia diz que os elementos da investigação demonstraram que criminosos chineses enviaram emissários ao Brasil para ‘operacionalizar’ cassinos ilegais. Esses chineses abriram diversas empresas de fachada com a cooptação da advogada Adélia Soares. Uma delas, a Anspacepay, de pagamentos.
A PCDF também cita a empresa de pagamentos PlayFlow em nome de Adélia para recebimentos de pagamentos.
“Com referidas empresas e pela cooperação da Anspacepay e outras instituições de pagamento, abriram contas para receber dinheiro por meio de acesso indireto ao sistema pix”, diz o relatório policial.
Segundo a investigação, os valores recebidos dessas apostas eram depois remetidos ao exterior por operações de câmbio fraudulentas (eFX).
A apuração então constatou que a abertura de empresas de fachada que passaram a funcionar como instituições de pagamento controladas por estrangeiros de pagamento nacionais que funcionavam sem autorização do Banco Central, “instrumentalizando o acesso indireto das empresas de fachada ao sistema pix”.
Investigadores dizem que houve também uso de CPF de pessoas mortas para remessas das apostas ao exterior via empresa Anspacepay.
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