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Parlamentares de oposição celebram decisão dos EUA sobre restrição de vistos; governo reage com críticas
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Decisão de Marco Rubio sobre restrição de vistos a autoridades estrangeiras provoca embate entre oposição, que vê recado a Alexandre de Moraes, e base governista, que denuncia interferência dos EUA.
Por: Camaçari Notícias
Foto: Pedro França Agência Senado
Parlamentares da oposição utilizaram as redes sociais para defender o anúncio feito pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, sobre a imposição de restrições de visto a estrangeiros, incluindo autoridades que, segundo ele, “censuram” cidadãos norte-americanos.
O anúncio foi publicado na última quarta-feira (28) na conta oficial de Rubio no X (antigo Twitter). “É inaceitável que autoridades estrangeiras emitam ou ameacem com mandados de prisão cidadãos americanos ou residentes americanos por postagens em plataformas americanas em redes sociais enquanto estiverem fisicamente presentes em solo americano”, declarou o secretário, sem citar diretamente nenhum país ou autoridade.
Reações da oposição brasileira
Rapidamente, a declaração repercutiu entre líderes da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente vive nos Estados Unidos, publicou um vídeo em que associa o anúncio ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. “Se isso não é um recado claro ao sensor Alexandre de Moraes, eu não sei mais o que pode ser. E, como também eu sempre tenho dito: o que precede a ruína dos ditadores é a sua arrogância, é a certeza de que, por serem os todo-poderosos, podem fazer qualquer coisa”, afirmou.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), irmão de Eduardo, também comentou a publicação de Rubio. “A liberdade se tornou letra morta na constituição brasileira e foi revogada pelas mesmas pessoas que juraram defendê-la. Parabéns, EUA!”, escreveu.
O presidente do Partido Novo, Eduardo Ribeiro, classificou a medida dos EUA como uma defesa de “princípios e valores”. Para ele, “liberdade de expressão é inegociável numa democracia”.
Outro nome da oposição, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), também usou as redes sociais para apoiar a decisão do governo norte-americano. Ele argumentou que os países têm o direito de definir seus próprios critérios de entrada. Durante sessão na Câmara, Nikolas comentou ainda a decisão dos EUA de suspender vistos de estudantes chineses: “Eu ouvi alguns deputados do PT dizendo que isso seria uma medida praticamente totalitária, mas, na verdade, o que eles estão fazendo é apenas uma suspensão para analisar a rede social dos estudantes que querem aplicar o visto nos EUA”.
Reação do governo e da base aliada
Em contraponto, parlamentares da base do governo Lula criticaram a decisão norte-americana. Para o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), trata-se de uma "tentativa de sanção ao ministro Alexandre de Moraes", em referência às ações do magistrado em processos relacionados à disseminação de desinformação e ataques às instituições.
O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também se manifestou. Em entrevista à CNN, afirmou que "o tempo em que o Brasil era quintal já passou", indicando incômodo com o que considera uma tentativa de ingerência internacional.
A deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), líder do partido na Câmara, disse que a decisão “não surpreende” e reafirmou críticas à política externa dos Estados Unidos. Já a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), durante sessão da Comissão de Relações Exteriores, relacionou o episódio a outras tentativas de interferência do governo norte-americano em políticas educacionais envolvendo estudantes estrangeiros.
Tensões diplomáticas
A medida anunciada por Marco Rubio acirra os ânimos entre alas opostas do cenário político brasileiro e reacende o debate sobre soberania, liberdade de expressão e limites da atuação internacional na política interna dos países. Até o momento, o Itamaraty não se pronunciou oficialmente sobre o episódio.
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